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Epidemiologista Filipe Froes

Eleitores confinados com "tosse e febre deviam abster-se de sair para votar"

19 jan, 2022 - 20:21

Em declarações à Renascença, o coordenador do Gabinete de Crise da Ordem dos Médicos para a Covid-19, Filipe Froes, afirma que a solução encontrada para os eleitores confinados votarem no dia 30 é o mal menor.

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Os eleitores em confinamento poderão votar no dia 30. O pneumologista Filipe Froes considera que estamos perante a melhor alternativa, mas defende que quem tiver febre e tosse deve abster-se de ir à assembleia de voto.

Em declarações à Renascença, o também coordenador do Gabinete de Crise da Ordem dos Médicos para a Covid-19 afirma que a solução encontrada é o mal menor.

“Eu penso que esta situação, nesta altura, é a melhor alternativa e o mal menor, que permite garantir o direito fundamental da participação das pessoas no ato eleitoral de dia 30.”

O Governo vai recomendar que os confinados possam sair para votar, entre as 18h00 e as 19h00.

Filipe Froes alerta que “o vírus não vai suspender a sua atividade” e, se os confinados têm este horário recomendado, os outros eleitores devem votar antes das 18h00.

A diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse esta quarta-feira que votar é seguro. O epidemiologista Filipe Froes deixa um apelo às pessoas com Covid-19.



“A segurança vai depender muito do cumprimento das medidas por parte das pessoas infetadas. Têm o dever, perante elas e perante todos, de cumprir rigorosamente as regras anunciadas, nomeadamente, o uso da máscara e eu incluiria o uso de uma máscara mais exigente, de maior proteção, uma FP2, a lavagem das mãos e distanciamento de segurança de dois metros. Evitaria a utilização de transportes públicos e o cumprimento escrupuloso dos horários. Acrescentaria duas medidas: quem tivesse febre que não cedesse aos antipiréticos e tosse, devia abster-se de votar”, defende.

Também a Comissão Nacional de Eleições (CNE), através do seu porta-voz , João Tiago Machado, diz que a decisão vai ao encontro das expectativas e da deliberação realizada em setembro do ano passado.

A Procuradoria-Geral da República aceita que as pessoas confinadas por causa da Covid-19 possam sair para votar no dia 30 de Janeiro, e o Governo vai avançar com a mudança da lei - para incluir esta excepção.

Embora a autorização de saída seja válida para todo o dia 30, o Governo vai recomendar que as pessoas confinadas votem entre as 18h00 e as 19h00, na última hora disponível para o fazerem.

Não vão ser exigidos documentos, ou comprovativos, e por isso a ministra da Administração Interna e da Justiça, Francisca Van Dunem, confia que os portugueses vão continuar a respeitar as normas.

Francisca Van Dunem diz que vai ser preciso um pacto social para que tudo corra bem.

Presente na Conferência de Imprensa do Governo, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, garantiu que a decisão de deixar votar quem está obrigado a confinamento por causa da Covid-19, não implica riscos para todas as outras pessoas - incluindo quem irá estar a trabalhar nas mesas de voto.

Questionada sobre quantos portugueses poderão estar obrigados a confinamento no dia 30, Graça Freitas fala numa estimativa de 600 mil, mas também lembra que nem todos têm idade para votar.

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  • Bruno
    20 jan, 2022 Aqui 06:50
    Em suma: bom senso.

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