19 jan, 2022 - 22:04 • Filipa Ribeiro
“Olá, o meu nome é Francisco, estou como sou, aqui, na JP Definição.” Se Francisco Rodrigues dos Santos, líder do CDS, tivesse começado a conversa esta tarde junto dos jovens membros da Juventude Popular (e de outras associações), no Mercado de Culturas em Lisboa, talvez nenhum dos presentes estranhasse.
Em tom descontraído, Chicão respondeu a uma série de perguntas – o que deu azo a confissões como ser fã de Harry Potter. “Gostava de ter escrito a Pedra Filosofal”, admitiu. Mas a conversa foi muito além de gostos literários. O presidente do CDS afirmou ter jeito para a comida, mas “o prato mais rebuscado que sei fazer é francesinha”. E se tivesse de emigrar, escolheria Londres para viver. “Gosto do conservadorismo do Reino Unido.”
Eventualmente, veio a política. E o carácter. O presidente do CDS referiu alguns pontos que tem em comum com os antigos presidentes do partido: “a pedagogia de Freitas do Amaral, o conservadorismo liberal de Lucas Pires e o conservadorismo patriótico de Manuel Monteiro”; de Paulo Portas identifica-se com o espírito de compromisso, e cobiça a sensatez de Ribeiro e Castro - o número dois na lista de Lisboa.
O líder do CDS afiançou ter algumas qualidades, mas disse que gostava de ter “uma paciência infinita”.
Quanto a Presidentes da República, Francisco Rodrigues dos Santos disse apenas que não se identificar com todos os que assumiram o cargo à esquerda.
Num jogo do “preferias”, o presidente do CDS deixou ainda algumas ideias bem claras.
Entre emprestar dinheiro a António Costa ou Rui Rio, o líder do CDS escolhe o presidente do PSD. “Emprestar dinheiro a um socialista é sempre um erro”, reiterou.
Entre ir à praia com Catarina Martins ou ao zoo com Inês Sousa Real, Francisco Rodrigues dos Santos escolhe o passeio com a representante do PAN. “Tenho curiosidade em ir a um Zoo com uma defensora dos animais.”
Já se tivesse de escolher entre jogar trivial com André Ventura ou fazer uma corrida de estafetas com Jerónimo de Sousa, o presidente do CDS confessa que o melhor seria “participar com os dois nas estafetas para correr com os extremistas”.
Num último “preferias” veio outra questão fulcral para o futuro do país: entre ler o programa da Iniciativa Liberal ou ouvir Rui Tavares quatro anos no Parlamento, o centrista escolheu sem hesitar ouvir o representante do Livre no Parlamento. “Seria oportunidade para desmascarar Rui Tavares”, disse.
O presidente do CDS esteve durante mais de uma hora a responder perguntas dos mais jovens em 360º. Francisco Rodrigues dos Santos aproveitou o momento para destacar as propostas do partido na educação e na habitação para os jovens. Como a isenção de impostos na compra da primeira casa e o cheque de educação para a escolha entre o ensino privado ou público.