20 jan, 2022 - 08:00 • Filipa Ribeiro , Marta Grosso
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O CDS “é o único partido de direita que se recusa a aderir a discursos fanáticos e populistas” e que pode colocar Rui Rio no caminho certo, defendeu Francisco Rodrigues dos Santos na quarta-feira à noite.
“Faz muita confusão que, depois de seis anos de poder de António Costa, com o aumento brutal da carga fiscal, o aumento da dívida pública, o aumento da pobreza, os escândalos de corrupção, o estado em que se encontra o SNS e a educação em Portugal e os arranjinhos que fez com a extrema-esquerda, haja um partido que se diz de oposição que admita, depois de contados os votos, entender-se com António Costa. Nós somos o partido que impede que o PSD vá por maus caminhos”, defendeu num jantar com militantes, em Lisboa.
O líder dos centristas criticou ainda a Iniciativa Liberal e o Chega, afirmando que o CDS é o único partido à direita que se distingue do Bloco de Esquerda.
“Nós somos o único partido de direita que não é igual ao Bloco de Esquerda na sua agenda fraturante, o único partido de direita que tem responsabilidade social e o único partido de direita que se recusa a aderir a discursos fanáticos e populistas que não apresentam uma solução para Portugal”, afirmou.
Nós somos o partido que impede que o PSD vá por maus caminhos.
Depois, voltando baterias para o PS, o líder do CDS acusou o partido de António Costa de querer favorecer apenas o Estado: “eles afugentam o investimento, taxam tudo aquilo que mexe, eles querem engordar o Estado, empobrecer as famílias e aumentar a dependência da máquina do Estado. Eles querem um país para distribuir pelas suas clientelas e pelos seus amigos”.
Entre as duas centenas de militantes que se juntaram no jantar centrista estavam vários nomes do CDS que têm estado afastados do partido, como João Gonçalves Pereira, presidente da distrital de Lisboa e um dos maiores críticos de Francisco Rodrigues dos Santos, que à chegada mereceu um cumprimento "frio e rápido" do líder do CDS.