20 jan, 2022 - 14:38 • Lusa
Rui Rio não exclui que, num eventual Governo de centro-direita, a pasta da Defesa possa ser atribuída ao CDS-PP, como defendeu o líder daquele partido, Francisco Rodrigues dos Santos.
No final de uma ação de rua em Bragança, esta quinta-feira, o presidente do PSD voltou a ser questionado sobre a sua ausência do Debate da Rádio, depois de ter sido acusado pelo líder do PS, António Costa, de “desertar”.
“Há uma diferença entre o que dr. António Costa está a fazer e o que eu estou a fazer: eu não tenho sequer tempo para dedicar um dia a cada distrito, dedico meio dia a cada um, e um a Lisboa e Porto. O dr. António Costa passa pelos distritos e diz duas ou três coisas só para dizer que esteve, por isso não tem qualquer problema em ir ao debate”, afirmou.
Rio voltou a justificar que se fosse ao Debate da Rádio, que decorreu entre as 9h00 e as 11h00 em Lisboa, “não punha os pés” em Bragança e Vila Real. “São opções, as pessoas julgarão”, afirmou.
Questionado sobre o desejo do líder do CDS-PP, reafirmado esta quinta-feira no debate, de que o partido pudesse voltar a ter a pasta da Defesa, Rio não excluiu essa hipótese.
“É uma questão de se ver, não seria a primeira vez que o CDS tinha o Ministério da Defesa, como sabemos”, afirmou.
Rio reiterou que, vencendo as eleições sem maioria, começaria a negociar primeiro com o CDS, parceiro “tradicional”, e depois com a Iniciativa Liberal (IL), “um partido novo e que pode vir a ter ou não uma representação parlamentar significativa”.
Questionado se irá reforçar os cuidados contra a Covid-19 - se algum candidato ficar infetado a partir de sexta-feira ficará em isolamento até ao final da campanha -, Rio disse que irá manter o que tem feito. Contudo, admitiu que “anda em cima da linha em termos de risco”.
“Mas o que posso fazer, usar três máscaras, não fazer campanha?”, questionou.
Rui Rio acrescentou que, além de já ter as três doses da vacina, toma suplementos “para reforçar o sistema imunitário”.