20 jan, 2022 - 23:51 • Filipa Ribeiro
Quando Francisco Rodrigues dos Santos chegou a Santa Maria da Feira já a festa das fogaceiras tinha terminado. Às 19h00, eram poucos os cafés que ainda tinham a porta aberta, mas nem isso derrotou a vontade que o líder do CDS tinha de levar a caravana pelas ruas da cidade. Estava pronto para cumprimentar quem aparecesse.
Sem muito sucesso, o presidente dos centristas passeou por entre as ruas e esplanadas onde restavam apenas os resistentes da festa, que com álcool ou sem ele, não ficaram indiferentes à presença de Francisco Rodrigues dos Santos.
Na curta passagem por Santa Maria da Feira, Francisco Rodrigues dos Santos entregou algumas canetas, e divulgou o nome do cabeça de lista pelo partido no distrito - Martim Borges de Freitas − presidente do congresso do partido. Ainda teve tempo para comprar uma fogaça, mas “mal cozida” como gosta mais.
Na feira, vazia, Francisco Rodrigues dos Santos ainda desafiou os militantes que o acompanhavam para uma volta nos carrinhos de choque, mas o frio fez com que o repto não passasse das palavras.
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Ainda assim, o presidente do CDS nomeou o distrito de Aveiro como a “jóia da coroa” de 2019. Uma jóia que falta saber se irá passar de ouro amarelo a ouro branco, tendo em conta a pouca adesão popular que o partido encontrou nesta ação de campanha.
O CDS deve voltar ao distrito nos próximos dias. Francisco Rodrigues dos Santos está confiante de que os centristas vão manter um deputado no distrito que em 2019 elegeu João Almeida − adversário de Francisco Rodrigues dos Santos no último congresso.
Depois de ter colocado António Loureiro como cabeça de lista, o CDS-PP fez alterações e escolheu para número 1 em Aveiro, Martim Borges de Freitas, que na opinião do presidente do partido “caiu que nem uma luva”.
Antes de Santa Maria da feira, o CDS-PP passou por Coimbra, onde houve espaço para elogios a Francisco Rodrigues dos Santos e ainda para pedidos dos eleitores que temem o crescimento de André Ventura no Parlamento.
Francisco Rodrigues dos Santos quer o que o CDS tenha força para influenciar a governação do país, mas deixa a discussão da presença num executivo para mais tarde.
Legislativas
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Depois de uma acção de campanha, em Coimbra, onde houve quem confessasse ter mudado para o CDS, Francisco Rodrigues dos Santos disse aos jornalistas que o partido estava pronto a colocar todas as medidas do programa eleitoral em vigor assim que assuma os cargos na governação.
Já sobre a relação com Rui Rio, que não excluiu um eventual governo de centro-direita, Francisco Rodrigues dos Santos diz que “ainda não houve conversas a esse respeito”. Apesar de defender que “esta é altura para os partidos se demarcarem“, o presidente do CDS dexou em aberto “entendimentos no futuro”.
Francisco Rodrigues dos Santos está satisfeito com a retirada de imunidade parlamentar a Eduardo Cabrita. Para o líder do CDS “só assim é que a investigação ao fatídico acidente pode ser feita”. Referia-se ao atropelamento na A6 que envolveu o ex-ministro da Administração Interna e vitimou um trabalhador.
Para o líder do CDS , a notícia não “vem em boa altura para António Costa", que na opinão de Francisco Rodrigues dos Santos “tentou esconder Eduardo Cabrita da campanha“.
O líder centrista defendeu ainda que o primeiro-ministro deve procurar agora esclarecer “qual o paradigma do PS, se Jorge Coelho – que se demitiu, ou Eduardo Cabrita onde a culpa morre solteira e onde o critério para ficar no governo são as amizades”.