22 jan, 2022 - 17:55 • Susana Madureira Martins
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O primeiro a chegar à marginal de Espinho foi Pedro Nuno Santos, com o ministro das Infraestruturas a ter logo o seu banho pessoal de multidão. Minutos depois juntou-se-lhe o líder do partido, António Costa e daí até subirem a um banco de mãos dadas com uma rosa cada um a pedir a vitória para o PS foi um instante
O atual líder do partido teve sempre ao lado aquele que surge frequentemente como o nome que lhe irá suceder e ambos foram confrontados com isso, mesmo pelos jornalistas, antes de a arruada e os apertões começarem.
Questionado sobre declarações do líder do PSD, Rui Rio, que tem acenado com a possibilidade de Pedro Nuno Santos ser lançado para a frente de um governo minoritário do PS de mãos dadas com o Bloco de Esquerda, António Costa respondeu que essas "são histórias da carochinha, com certeza".Legislativas 2022
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Para o líder socialista "aquilo que verdadeiramente é um papão é o que seria o país governado pelo doutor Rui Rio", para depois concretizar que um executivo do PSD de Rio iria significar "um país onde a classe média não teria, pelo menos até 2025 qualquer redução no IRS e onde o Salário Mínimo Nacional deixaria de aumentar".
Ao lado Pedro Nuno Santos, Costa registou o "grande apoio popular" e a "grande alegria" nas ações de campanha por onde PS tem passado, e notou que "a direita e o PSD prometem uma travagem brusca nas condições da vida dos portugueses", por oposição às garantias do PS, nestas eleições, "para melhorar a vida das pessoas".
Logo a seguir, e à pergunta se está a pensar no futuro no partido, o ministro das Infraestruturas e cabeça-de-lista do PS por Aveiro nestas Legislativas, respondeu algo irritado atirando um "por amor de Deus" e relevando que o partido está "numa campanha muito importante com o melhor político português a candidatar-se a primeiro-ministro", para acabar a dizer que o que é preciso fazer "é assegurar uma grande vitória no dia 30" de janeiro.
No arranque da arruada, Pedro Nuno só falava numa "grande vitória" do PS para mais à frente, e perante a insistência dos jornalistas, responder sobre se considera ou não possível a maioria absoluta nas eleições que tem estado a ser pedida pelo líder do partido.
Pedro Nuno Santos afirmou, sem responder verdadeiramente, que "as pessoas entendem" que o PS precisa "de uma maioria claramente reforçada que dê estabilidade", concluindo que "os portugueses não gostam de andar constantemente em eleições".
E assim, "só há uma forma de conseguir garantir que o país tem estabilidade e o período necessário para concluir o seu trabalho". É "dando uma grande maioria ao PS", com o candidato e dirigente socialista a garantir que "é para isso" que estão "todos a trabalhar, todos concentrados".
Mas ficou por perceber se acha possível ou não a maioria absoluta para os socialistas e na resposta ao repique da pergunta Pedro Nuno é taxativo: "É maioria absoluta, claro", acrescentando que é a "a maior maioria que pudermos ter para conseguirmos governar com estabilidade".
O dirigente socialista Pedro Nuno Santos afirmou h(...)
Enquanto isso, Costa ao lado nem pronunciou a expressão maioria absoluta, nem de resto o tem feito nos últimos dois dias. Está pedida e não há volta atrás. O líder do partido foi cumprimentando, tirando fotografias com populares, uma delas tirada pelo próprio Pedro Nuno Santos, a servir de fotógrafo momentâneo e também se foram ouvindo algumas queixas.
Por exemplo, uma senhora que pediu a Costa que não se esquecesse de aumentar o Salário Mínimo Nacional, ao que o líder do PS respondeu em velocidade de cruzeiro que conta "aumentar o salário mínimo e os outros", levando como resposta da mulher um "está bem, mas o salário mínimo é muito importante".
Foi a oportunidade para o secretário-geral socialista dar a réplica de que "nestes anos já conseguimos aumentar 40% o salário mínimo".
Ao longo do paredão da marginal de Espinho, num dia de calor como ainda não se tinha visto neste período oficial de campanha, Costa foi ouvindo várias queixas, pedidos de apoios para a restauração e houve tempo ainda para dar de caras com representantes dos lesados do Banco Espírito Santo a pedirem apoio do Estado.
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A arruada terminou sem dar de caras com a comitiva do PSD, que marcou para este sábado exatamente a mesma ação de campanha no mesmo sítio numa arruada com efeito semelhante ao encontro de Costa/Pedro Nuno, já que o líder social-democrata Rui Rio andou lado a lado com Luís Montenegro pela marginal de Espinho.