24 jan, 2022 - 21:15 • Joana Gonçalves
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No arranque da última semana de campanha, a força dos partidos também se mede nas redes sociais e, por enquanto, os “resultados são ambíguos”, avança Gustavo Cardoso, investigador do Media Lab do ISCTE.
“Por um lado, no top dos líderes do Facebook, temos André Ventura e António Costa e, muito longe, temos Catarina Martins, Rui Rio, Cotrim Figueiredo e Rodrigues dos Santos. Mas, se olharmos para o top dos partidos no Facebook, aquilo que verificamos é a liderança por parte do Chega, o PS e o PSD empatados e, depois, IL,PAN e PCP”, explica o académico.
Esta semana, pela primeira vez desde o anúncio de eleições antecipadas, o PSD superou o PS nas intenções de voto, estimadas numa sondagem. Uma corrida que parece não conseguir ganhar nas redes sociais.
“Toda a atividade política começa, agora, a ser dominada pela ideia de saber quem vai à frente, quem vai atrás e quem termina em primeiro lugar. É o tempo das sondagens, mas importa, acima de tudo, lembrar que 'likes' não são votos e que estar bem nas redes sociais não quer dizer que se vai ganhar as eleições”, esclarece Gustavo Cardoso. “Não há certezas sobre nada no Facebook."
Distinto é o que acontece no Twitter, “o espaço onde todos os portugueses que queriam ser comentadores políticos ou jornalistas interagem”.
Neste “microcosmos”, a conversa foi dominada, no fim de semana, por “uma combinação muito pouco comum” entre humor e Orçamento do Estado. Em causa esteve a vista de Rui Rio ao programa de Ricardo Araújo Pereira, na SIC.
Já no Instagram, é a Iniciativa Liberal que lidera a discussão, desta vez com Cotrim Figueiredo próximo de Inês Sousa Real, numa rede onde o polígrafo é arma e escudo de defesa, sem grandes resultados.
"Todos os partidos têm feito uso do mesmo tipo de comunicação: usar o polígrafo para verificar afirmações falsas e verdadeiras dos diferentes líderes, mas, como estão todos a fazer o mesmo, não serve de grande coisa, serve apenas para manter os já apoiantes”, defende o investigador.