26 jan, 2022 - 12:37 • Cristina Nascimento
Visivelmente mais magro e um pouco preso nos movimentos, Jerónimo de Sousa voltou ao combate político nesta quarta-feira.
"Aqui estou porque é preciso. Porque estas eleições são muito importantes para o futuro. Porque no próximo domingo, cada voto na CDU conta e decide", afirmou.
Na Baixa da Banheira, disse que o que mais custou, nestes dias de recuperação de uma cirurgia, foi não participar na campanha e revelou a lição que tirou do tempo em que esteve ausente.
"Tudo é relativo, tudo é precário, mas a importância da vida que tem para qualquer um de nós, travando ou não uma batalha eleitoral, travando uma luta, aprendemos a gostar mais da vida. Foi, talvez, a lição maior nesta fase", reconheceu.
E quem também parece ter aprendido uma lição foi António Costa, afirmou Jerónimo quando questionado sobre a mudança de atitude do líder socialista, que, em entrevista à Renascença, mostrou disponibilidade para falar com todos os partidos, menos o Chega.
"Caiu um pouco na realidade. Queria maioria absoluta para ficar de mãos livres. Acho que António Costa percebeu que esse objetivo estava longínquo", considerou, acrescentando: “Cabe-nos agora a nós mostrar a inutilidade desse objetivo [a maioria absoluta] ”.
Ao 11.º dia da campanha eleitoral, o secretário-geral do PCP regressa às ações da CDU. Depois de contactos com a população na Moita, segue para Évora, onde, ao fim da tarde (18h00) tem previsto um comício.
Jerónimo de Sousa esteve afastado da campanha enquanto recuperava de uma operação de urgência à carótida interna esquerda, a que foi submetido há duas semanas.