27 jan, 2022 - 00:19 • Lusa
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A coordenadora do BE, Catarina Martins, defendeu hoje que "qualquer que seja o partido mais votado no domingo" haverá uma maioria de esquerda no parlamento e a direita terá menos deputados, apelando ao voto das gerações mais jovens.
A Incrível Almadense, em Almada, é paragem obrigatória nas campanhas do Bloco de Esquerda e voltou a receber um comício do partido no qual Catarina Martins afirmou que "o futuro que a direita anuncia é bem conhecido de todas as gerações em Portugal e não é mais do que um regresso ao passado".
"Não passarão porque este programa não tem maioria na sociedade e é por isso que se oculta sobre as cores garridas da inovação. Repito: isto é velho, isto é caduco", enfatizou.
Para a coordenadora do BE, "qualquer que seja o partido mais votado no domingo, a direita terá menos deputados e haverá uma maioria à esquerda no parlamento".
"O PS já disse que sem maioria absoluta quererá dialogar. Está por saber se esse diálogo será com o PSD ou com o BE", disse, num discurso que decorreu a pouco mais de dois quilómetros de onde, pela mesma hora, se realizava o comício dos socialistas com António Costa, na Sociedade Filarmónica União Artística Piedense, também em Almada. .
Por isso, Catarina Martins insistiu numa tónica que tem usado nos seus discursos.
"Quem quer um entendimento à esquerda, quem quer uma maioria política que traduza a maioria da sociedade e derrote a direita e o seu regresso ao passado, já sabe: no domingo vota no BE", apelou.
Pedindo que "a maioria social faça uma maioria política pelo progresso nas eleições deste domingo", a líder do BE elencou aquilo que considera representar a modernidade.
"É derrotar o racismo e a homofobia, é o estado social que corrige as desigualdades, é a igualdade entre homens e mulheres, é enfrentar o caos climático, é direitos por inteiro para todos e para todas", defendeu.
Avisando que "nenhuma sondagem falará pelas pessoas", Catarina Martins deixou um "apelo às gerações mais jovens, que sabem das lutas que têm feito e sabem que agora podem votar e que o voto é também a sua voz".
"Quem se mobilizou pelo clima, quem diz que no mundo ninguém é estrangeiro, quem sabe que a sua comunidade e a sua família é feita de todas as origens e de todas as cores, quem respeita quem ama quem quer, quem quer a liberdade por inteiro no domingo vota e o seu voto é no BE", pediu.