26 jan, 2022 - 20:14 • Filipa Ribeiro
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À moda do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos chegou com atraso esta manhã à feira dos Carvalhos, em Vila Nova de Gaia. À espera tinha toda a comunicação social e os militantes do CDS, na sua maioria membros da Juventude Popular.
O dia parecia calmo, mas os ânimos exaltaram-se quando a caravana foi interrompida por um homem que gritava: “Francisco Rodrigues dos Santos vai ser o primeiro a demitir-se no domingo”. O presidente do CDS ignorou. “As acusações são de um militante do Partido Socialista ali plantado”, disse o líder centrista.
A caravana seguiu e, entre militantes e amigos, Francisco Rodrigues dos Santos aproveitou para distribuir o “Via Verde Saúde” - um panfleto que esclarece as propostas do partido para o setor que passam pela abertura da opção de escolha entre público e privado para se receber cuidados de saúde, sem custos. Entre os comerciante houve luta pelas canetas do partido e até quem pedisse 16 canetas, uma para cada neto.
Mas foi no final da volta à feira que o presidente do CDS deixou alguns pedidos. Francisco Rodrigues dos Santos reforçou que quer ajudar o país a construir um Governo de direita. Depois de ter estado dois anos à frente do CDS, o líder centrista diz ter “a certeza absoluta” que no domingo recebe um presente pelos anos de mandato.
Francisco Rodrigues dos Santos avançou ainda com a intenção de ser recandidato à liderança do CDS no próximo congresso. “Serei naturalmente recandidato ao próximo congresso e irei vencê-lo e continuar como presidente do partido”, disse.
Depois de uma semana a criticar as sondagens da comunicação social, diz ter a certeza que o partido vai surpreender no domingo tendo em conta “os estímulos que o partido recebe na rua”.
O líder dos centristas defende que nestas eleições “o voto antissistema é no CDS, por ser um partido que toda a gente diz que já não existe”.
No reta final do tempo de campanha, o partido de Francisco Rodrigues dos Santos quis ir passear de moliceiro, na cidade que designam como “capital do CDS”- Aveiro.
Sem nenhum trunfo para a tarde, a caravana dos centristas foi recebida à entrada dos moliceiros pelos lesados do BES, que queriam mostrar que ainda não conseguiram resolver “o problema que se arrasta há anos”. O grupo de lesados quis deixar claro que não querem mais António Costa no governo, uma vez que o Primeiro Ministro “os tem ignorado” , e ainda que Francisco Rodrigues dos Santos será uma melhor solução.
O presidente do CDS assegura “que nada foi combinado” e que foi apenas um encontro. “Os portugueses já me conhecem, eu ouço toda a gente, e percebo a indignação destas pessoas ao verem que foram indignadas e os responsáveis andam a passear-se pelo mundo e a fugir da justiça por pretexto de demência”, explicou Francisco Rodrigues dos Santos.
Aos jornalistas o presidente dos centristas quis recordar que Aveiro é um distrito do partido “por ter elegido três câmaras nas últimas eleições”. Francisco Rodrigues dos Santos “Espera chegar a bom porto no domingo” e salientou “mais vale eleger o segundo deputado do CDS que o quinto ou o sexto do PSD”.