30 jan, 2022 - 14:30 • Redação com Lusa
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O líder do Chega está confiante de que a abstenção será menor, afirmando que os portugueses perceberam "a importância destas eleições" e apelando para que se desloquem às urnas.
"Acho que os partidos, o senhor Presidente da República, todos fizemos a nossa parte para dizer às pessoas que tinham de vir votar, que é seguro vir votar - que é um dever, mas que era seguro também - e sinto que as pessoas querem ter uma palavra sobre o futuro e perceberam a importância que estas eleições têm. Por isso, até sinto que podemos ter menos abstenção", afirmou.
André Ventura falava aos jornalistas depois de ter votado na Escola Básica Integrada do Parque das Nações, acompanhado pela mulher, tendo reagido aos números divulgados pelo Ministério da Administração Interna, segundo os quais, até às 12h00, mais de 23% dos eleitores inscritos votaram.
Disse tratar-se de um "sinal muito positivo" e reiterou que, apesar de o facto de os cidadãos em isolamento poderem ir votar constituir "um risco" e "um perigo", a campanha "foi mobilizadora" e "as pessoas estão interessadas em dar uma palavra sobre o futuro".
Ventura considerou que está um dia "agradável", com um "tempo muito positivo para janeiro", sem que haja até ao momento "problemas na maior parte das secções", deixando, por isso, um apelo para que os portugueses se desloquem às urnas.
"Saiam de casa, votem. O problema deste país é sempre nós só nos queixamos depois, e não votamos. Hoje é o dia em que podemos deixar de nos queixar e votar", apelou.
Questionado se este pode ser o dia mais importante da sua vida política, André Ventura respondeu que "pode ser", afirmando que "um político está sempre nas mãos do povo" e que, tanto no caso dele, como "para a grande maioria dos líderes que se apresenta", pode ser "um dos dias mais importantes da sua vida política".
"Todos temos que tirar ilações do que acontecer hoje: desde o primeiro-ministro aos líderes da oposição e aos partidos da oposição. Acho que, se houver uma votação suficientemente forte, como se espera - por isso é que eu dizia que até pode haver menos abstenção - acho que mais motivos temos todos para tirar as devidas ilações", afirmou.
O líder do Chega mostrou-se ainda "muito confiante" e "muito tranquilo" com os resultados que poderá obter nestas eleições legislativas, afirmando que só tem "um discurso" preparado para a noite eleitoral que irá dedicar aos portugueses.
Disse ter informações "de muita gente que quer votar e não pode" no estrangeiro, dando o exemplo de países como Angola, França ou Itália. "Queria lamentar muito o que está a acontecer no estrangeiro. Eu acho que tivemos todos tempo - não estou a atirar culpas para ninguém - mas houve tempo para se tratar desta situação. Mais uma vez, as nossas comunidades e os nossos emigrantes não estão a conseguir votar. E eu acho que todos - a Comissão Nacional de Eleições, nós políticos, o Governo - deviam ter feito por isso antes", frisou.