31 jan, 2022 - 00:30 • João Cunha
Logo que se conheceram as primeiras projeções, o Chega encheu o peito: não haverá governo de direita em Portugal sem o Chega.
Começou por dizê-lo Pedro Pinto, cabeça de lista pelo círculo de Faro. E também André Ventura. Ambos sublinharam o facto de, apesar da pandemia, os portugueses terem participado de forma intensa nas legislativas,
À chegada ao Hotel Marriot, o lider do Chega ainda era cauteloso. Ventura referia que, aparentemente, o Chega estava em terceiro, depois de conhecidas as primeiras projecões.
Os números deixavam feliz o líder do Chega, que lá atirava a provocação: que outros partidos deviam tirar as suas ilações, sobretudo depois de se perceber que o Chega passou a mensagem.
Prova disso, ter passado de um partido de um único deputado para um partido com 12 deputados eleitos. E, à medida que cada um era eleito, os apoiantes do Chega que, entretanto, entraram na sala - menos de uma centena - lá festejavam com gritos de vitória.
Pouco depois das 23h00, lá veio André Ventura, reagir aos resultados. Começou por avisar o PS que, a partir de agora, terá uma oposição a sério. E que, a partir de agora, "tudo será diferente".
Depois da apontar à esquerda, Ventura lançou criticas à direita, em especial a Rui Rio, que acusou de ser o responsável pelo resultado obtido pelo PS, por ter passado a campanha a dizer que com o Chega nunca iria estabelecer acordos.
Ouvindo estas palavras, o eleitorado tomou as suas decisões, disse o lider do Chega, assegurando que irá "devolver a dignidade a Portugal". Quando questionado sobre críticas do Bloco de Esquerda, cuja coordenadora referiu que, a partir de agora, haverá mais deputados racistas no parlamento, Ventura foi duro na reação, ao referir que "é conversa de derrotados" e que com derrotados não fala. "Só falo com PS e PSD."