31 jan, 2022 - 01:08 • Carlos Calaveiras
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O Partido Socialista (PS) venceu, pela primeira vez na história, todos os círculos eleitorais do continente. De norte a sul, o continente revestiu-se de cor-de-rosa e estão confirmados, pelo menos, 117 deputados socialistas, com 41,68% dos votos.
Começando a norte, o PS elegeu três deputados em Viana do Castelo, os mesmos do PSD, ainda que com cerca de mais 10 mil votos.
Em Braga o PS elegeu nove deputados, contra oito do PSD. Chega e Iniciativa Liberal picaram o ponto. O Bloco perdeu dois lugares que tinha em 2019.
Em Vila Real, que tem cinco lugares para distribuir, os socialistas conquistaram três deputados, contra dois dos social-democratas.
Em Bragança o distrito foi decidido por, apenas, 15 votos (26.495 votos para os socialistas e 26.480 para os social-democratas), o que equivale a dois deputados socialistas e um para o PSD. Esta diferença mínima vai obrigar a uma recontagem dos votos.
Já no Porto, o PS conquistou 19 lugares, contra 14 do PSD. Aqui nota para dois lugares, também, para Iniciativa Liberal, Bloco de Esquerda e Chega. A última vaga do distrito sorriu à CDU.
Por sua vez, em Aveiro nova vitória socialista (8-7) diante do partido laranja. O único deputado fora do “bloco central” caiu para o Chega, que teve neste distrito mais de 20 mil votos.
Em Viseu, o antigo “Cavaquistão”, deu-se um empate na distribuição de deputados (4) entre PS e PSD e na Guarda o PS conquistou dois dos três lugares disponíveis.
O PS tinha perdido a Câmara de Coimbra nas últimas autárquicas, mas para as legislativas ganhou seis dos nove lugares no distrito. Os três sobrantes ficaram todos para o PSD.
Castelo Branco é há muitos anos um distrito rosa e assim continua, com o PS a ganhar três dos quatro lugares. O PSD ficou com o posto restante.
Em Leiria, o PS conquista cinco deputados, contra quatro do PSD e um do Chega.
Já em Santarém o principal destaque é a não eleição da CDU. O histórico António Filipe fica fora da Assembleia da República. Cinco lugares ficam para os socialistas, três para o PSD e um para o Chega.
Por Portalegre, 100% PS. Os dois deputados eleitos são socialistas e em Évora caiu o habitual líder parlamentar comunista: João Oliveira não foi eleito porque os três deputados do distrito ficaram para PS (2) e PSD (1).
Em Setúbal nota para a maioria absoluta do PS, que consegue 10 dos 18 deputados do distrito. PSD (3), CDU (2), Chega, Bloco de Esquerda e Iniciativa Liberal (1). Os comunistas deixam de ser a segunda força do distrito.
A CDU conseguiu um deputado em Beja, atrás dos dois que ficam para os socialistas.
Já bem a sul do continente, em Faro, o triunfo sorriu igualmente ao PS, com cinco lugares, contra três do PSD e um do Chega (12,3% dos votos).
Nas ilhas, os Açores também continuam socialistas. A única exceção à maré rosa é na Madeira, onde o PSD triunfou.
A maioria absoluta chega aos 116 deputados, Neste momento o PS já tem 117, quando há quatro lugares da emigração para atribuir.
Nota para o "desaparecimento" do Parlamento de CDS e Verdes. O PAN cai mas segura, no último instante, um lugar (da líder Inês Sousa Real). Queda maior têm o BE e o PCP, "compensando" do outro lado com a subida da Iniciativa Liberal e da extrema-direita do Chega, a nova terceira força nacional.