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Surpresa de “onda rosa” socialista não escapa à imprensa estrangeira

31 jan, 2022 - 07:58 • Henrique Cunha

A imprensa internacional não passou ao lado das legislativas portuguesas e diz que os eleitores castigaram os parceiros da geringonça.

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A vitória do PS nas legislativas está em destaque na imprensa e sites estrangeiros. Domina a surpresa pela maioria socialista com sublinhado ao crescendo da extrema direita. Leia aqui as principais manchetes desta manhã.

Socialista António Costa, alcança uma "histórica maioria absoluta em Portugal", é o destaque do diário espanhol El País. O jornal escreve que os eleitores castigaram "os sócios minoritários da geringonça e converteram a extrema direita na terceira força política no Parlamento".

Também o El Mundo, que publica uma fotografia de António Costa a passear os dois cães, se refere à noite eleitoral adiantando que o PS ganhou as eleições com maioria absoluta, eliminando "os seus rivais do Bloco de Esquerda". O jornal anuncia que Costa "será o primeiro-ministro com mandato mais longo na democracia portuguesa”.

Em França, o Le Monde titula que António Costa "vingou-se ao obter maioria absoluta". O jornal sublinha que "os demais partidos de esquerda, que contribuíram para a queda do governo, são os grandes perdedores das eleições legislativas antecipadas". Destaca ainda "a entrada da extrema direita no Parlamento".

"O povo votou e o PS ganhou". A frase do líder socialista na noite eleitoral é chamada à primeira página pelo Le Figaro. O jornal adianta que "o primeiro-ministro venceu com facilidade as eleições legislativas, obtendo uma improvável maioria absoluta", numa eleição marcada por "um avanço da extrema direita".

A BBC diz que os "socialistas conquistaram uma maioria inesperada". Refere-se ainda à história recente do chumbo do Orçamento do Estado e o apelo de António Costa à estabilidade para garantir a recuperação económica, para destacar o facto de o PS conseguir pela segunda vez uma maioria absoluta em Portugal.

Também a página da Aljazeera fala de "surpresa" e de "votação inesperada" que coloca no poder em Portugal os socialistas. Refere que o "partido (PS) garantiu um novo mandato forte após participação mais elevada do que o esperado do eleitorado". No texto sobre Portugal lembra que as pessoas com Covid-19 foram autorizadas a votar.

"Portugal promove modelo Costa", é o título do jornal italiano La Repubblica. A publicação adianta que "o chefe do Executivo cessante poderá governar sem os antigos aliados da esquerda radical que abriram a crise" e destaca que a extrema direita está em crescendo.

No Brasil, a Folha de São Paulo refere-se à vitória socialista em Portugal dizendo que "conquistam surpreendente maioria absoluta". Diz que o PS "desde 2015 no poder venceu as eleições e garantiu, sozinho uma maioria absoluta no Parlamento - resultado considerado surpreendente".

Com 41,7% dos votos e 117 deputados no parlamento, quando faltam atribuir apenas os quatro mandatos dos dois círculos da emigração, António Costa alcança a segunda maioria absoluta da história do Partido Socialista, depois da de José Sócrates em 2005.

O PSD ficou em segundo lugar, com 27,80% dos votos e 71 deputados, o Chega alcançou o terceiro lugar, com 7,15% e 12 eleitos, a Iniciativa Liberal (IL) em quarto, com 5% e oito deputados, e o Bloco de Esquerda em sexto, com 4,46% e cinco eleitos. A CDU com 4,39% elegeu seis deputados, o PAN com 1,53% terá um deputado no parlamento, e o Livre, com 1,28% também um deputado. O CDS-PP alcançou 1,61% dos votos, mas não elegeu qualquer deputado.
As vitórias e derrotas de uma noite de maioria
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