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Notícia Renascença

​PS indica César e Alegre para o Conselho de Estado, PSD vê como "natural" escolha de Balsemão e Rio

28 fev, 2022 - 17:43 • Susana Madureira Martins

De fora ficam, como se esperava, o ex-líder do Bloco de Esquerda Francisco Louçã e o dirigente histórico comunista Domingos Abrantes, ambos indicados pelo PS na última legislatura, ficando apenas por indicar um terceiro nome que ainda não está definido. Ferro Rodrigues não faz parte das escolhas. Balsemão é visto como uma escolha "natural" do PSD e Rio poderá indicar-se a si próprio e renunciar mais tarde.

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Já estão certos dois dos três nomes que o PS vai indicar para o Conselho de Estado. Mantém-se Carlos César, presidente do partido e antigo líder do governo regional dos Açores, e regressa a este órgão de consulta Manuel Alegre, ex-deputado e histórico dirigente socialista.

Fica a faltar a indicação de um terceiro nome pelo PS que, sabe a Renascença, ainda está por definir, sendo certo que Eduardo Ferro Rodrigues, atual presidente da Assembleia da República e que vinha circulando como possível para o lugar, não será a escolha da cúpula socialista.

Com a nova legislatura, os partidos vão ter de indicar e eleger cinco nomes para o órgão de consulta do Presidente da República. Com a maioria absoluta e com o fim da geringonça, o PS deixa assim de fora das escolhas os antigos parceiros de esquerda e saem o ex-líder bloquista Francisco Louçã e o histórico dirigente comunista Domingos Abrantes.

Cabe ao PSD indicar os dois outros nomes eleitos pelo Parlamento para o Conselho de Estado e na direção de Rui Rio é visto como "natural" que se siga a tradição indicando o número um do partido, Francisco Pinto Balsemão, considerado como "intocável" e o nome do próprio líder social-democrata.

À Renascença, dirigentes do PSD e próximos do líder não veem razão para que Rui Rio não se indique a si próprio para o Conselho de Estado, mesmo perante a situação de indefinição em que o partido se encontra após as eleições legislativas.

Essa é vista como uma solução a prazo, em que se "mantém tudo tal como está e depois muda o líder e muda-se a pessoa", ou seja, Rio é eleito agora para aquele órgão de consulta do Presidente da república e quando surgir uma nova liderança no PSD "se quiser larga o lugar", renunciando ao cargo.

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