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Ucrânia

Catarina Martins defende realização de uma "conferência da paz"

12 mar, 2022 - 16:56 • Lusa

Segundo Catarina Martins, a União Europeia deve promover essa conferência e o Governo português "pode propô-la".

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A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, defendeu esta sexta-feira, em Braga, a realização de uma "conferência da paz" para assegurar a autodeterminação da Ucrânia e uma segurança duradoura na Europa.

Num debate sobre a guerra na Ucrânia, Catarina Martins acrescentou que a União Europeia se deve disponibilizar para mediar a preparação daquela conferência, sob a égide das Nações Unidas.

"Os países europeus não podem ficar à espera do que decidam os Estados Unidos ou a China e devem assumir também a responsabilidade primeira da construção de caminhos de paz para a Europa. Perante o horror da guerra e do drama de quem dela foge, a União Europeia tem de agir", defendeu.

Segundo Catarina Martins, é possível melhorar o caminho que tem sido seguido até agora e que se tem centrado na proteção de quem foge da guerra, no apoio a quem resiste à invasão e aos refugiados e na imposição de sanções económicas à Rússia e à "oligarquia que apoia Putin".

"Este é um caminho certo, mas que pode ser melhorado", vincou, reiterando a importância da realização de uma conferência da paz.

Segundo Catarina Martins, a União Europeia deve promover essa conferência e o Governo português "pode propô-la".

"Uma conferência da paz é o caminho para parar a guerra agora e alcançar a paz de uma forma duradoura. Um caminho a que nenhum país deve faltar", disse ainda.

Para a coordenadora do Bloco, o prolongamento da guerra "terá sempre um resultado desastroso na Europa e no mundo".

"Tanto a devastação da Ucrânia como o colapso da Rússia, uma potência económica e nuclear de dimensão continental, são risco máximos que não podemos aceitar", alertou.

Catarina Martins defendeu que a política do "fogo contra fogo" só interessa a quem vive do negócio da guerra.

"Poupar vidas para os que ganham com a guerra nunca é assunto. Para quem vive do negócio da guerra, a paz nunca é uma opção", sublinhou.

No entanto, avisou, "nunca a paz chegou a um território com mais armas do que pão".

"É preciso um compromisso forte com a paz", defendeu.

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