13 mar, 2022 - 13:24 • Lusa
O presidente da União de Freguesias de São Martinho e Ribeira de Frades, em Coimbra, Jorge Veloso, foi reeleito este domingo presidente da Associação Nacional de Freguesias (Anafre), com 95,15% dos votos.
Jorge Veloso tinha sido indicado pelo PS para encabeçar a lista única candidata ao Conselho Diretivo da Anafre, o partido que mais freguesias conquistou nas eleições autárquicas de setembro.
Na votação realizada esta manhã, a lista única obteve 726 votos a favor e 37 votos em branco.
O presidente da Assembleia de Freguesia de Oliveirinha, em Aveiro, Armando Vieira (PPD-PSD/CDS-PP/PPM), foi eleito presidente da Mesa do Congresso, e o presidente da União das Freguesias de Santa Iria de Azóia, São João da Talha e Bobadela, em Loures, distrito de Lisboa, Nuno Leitão (PS), é o novo presidente do Conselho Fiscal.
Jorge Manuel Lebre da Costa Veloso, militante socialista, tem 70 anos e é reformado.
Tem uma carreira como autarca de freguesia com mais de 20 anos e é presidente da União de Freguesias de São Martinho e Ribeira de Frades, no município de Coimbra, desde a reorganização administrativa de 2013.
Jorge Veloso era um dos vice-presidentes da Anafre quando, em janeiro de 2020, substituiu o também socialista Pedro Cegonho na presidência do organismo, durante o XVII Congresso da associação, realizado em Portimão.
Além de presidente de união de freguesias e de presidente da Anafre, Jorge Veloso é também representante das freguesias no Congresso das Autoridades Locais e Regionais do Conselho da Europa.
Cerca de 1.000 congressistas, representantes das 3.092 freguesias portuguesas, estão desde sexta-feira reunidos em Braga no XVIII Congresso da Anafre, que tem como lema “Freguesias 20/30 Valorizar Portugal”, já que pela primeira vez está previsto que estas autarquias acedam a fundos comunitários.
Entre os temas em discussão estiveram a descentralização de competências em curso dos municípios para as freguesias, a reversão de freguesias agregadas pela "lei Relvas" e as finanças locais.
Para este mandato, de 2022 a 2025, os eleitos terão como principais desafios a descentralização de competências, o acesso aos fundos europeus, a transição digital, a reversão das freguesias agregadas e o ressarcimento das despesas efetuadas no âmbito da pandemia de covid-19.
Em 2013, Portugal reduziu 1.168 freguesias, de 4.260 para as atuais 3.092, por imposição da ‘troika’, em 2012, quando era responsável o ministro Miguel Relvas no Governo PSD/CDS-PP.