15 mar, 2022 - 18:59 • Redação, com Lusa
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Portugal aplicará as sanções determinadas pela União Europeia a Roman Abramovich, independentemente de ter adquirido nacionalidade portuguesa, admite o ministro dos Negócios Estrangeiros.
Sem mencionar o nome de Abramovich, que obteve a nacionalidade portuguesa em 2021, Augusto Santos Silva disse esta terça-feira, no Parlamento, que as sanções contra os oligarcas russos serão escrupulosamente cumpridas, mesmo que tenham passaporte português.
“Infelizmente, a evolução no terreno tem sido negativa e as medidas contra o agressor têm que ser intensificadas. Essas sanções são apoiadas por Portugal e são cumpridas escrupulosamente a partir do momento em que são decididas”, começou por referir.
“Isso tem acontecido quer os sancionados sejam candidatos a autorizações de residência para investimento, sejam os sancionados nacionais portugueses também. Sempre que são sancionados, as sanções são aplicadas”, salientou Augusto Santos Silva.
Importa recordar que a União Europeia já chegou a acordo sobre o alargamento da lista de oligarcas russos sancionados,um alargamento que - de acordo com fontes diplomáticas - inclui agora o multimilionário Roman Abramovich.
A União Europeia (UE) justificou hoje a inclusão do oligarca russo Roman Abramovich na lista de indivíduos sujeitos a sanções no quadro da agressão militar russa à Ucrânia pelos "estreitos laços" com o Presidente russo, Vladimir Putin.
"Roman Abramovich é um oligarca russo, que tem há muito estreitos laços com Vladimir Putin. Tem tido um acesso privilegiado ao Presidente e mantido relações muito boas com ele. Esta ligação ao líder russo ajudou-o a manter a sua considerável fortuna", lê-se no Jornal Oficial da UE, que publicou ao final da tarde de hoje os detalhes do quarto pacote de sanções adotado pelo bloco europeu, que já se encontram assim em vigor.
O texto sublinha ainda que "Roman Abramovich é um dos principais acionistas do grupo siderúrgico Evraz, que é um dos maiores contribuintes da Rússia", e "tem por isso obtido benefícios dos decisores russos responsáveis pela anexação da Crimeia ou pela desestabilização da Ucrânia".