19 mar, 2022 - 20:57 • Lusa
Em comunicado da direção nacional, o partido afirmou que, nos últimos seis anos de Governo PS, "já foram agredidos mais de cinco mil polícias, o que corresponde a uma média de 900 elementos das forças de segurança alvos de agressão anualmente".
"O sentimento de impunidade que paira sobre os agressores representa um sério risco para o Estado de Direito em que vivemos", considerou o Chega.
Além da alteração penal, o partido liderado por André Ventura apelou a "uma responsabilização inequívoca e eficaz de todos os intervenientes públicos, especialmente os políticos, que atacam a conduta dos agentes de autoridade quando estes são obrigados a intervir em situações de crise e de alto risco, colocando parte da sociedade contra aqueles que zelam pela segurança de todos os cidadãos".
"Os elementos policiais não podem continuar a ser tratados com o desprezo que este governo de esquerda, apoiado até ao ano passado pela extrema-esquerda, lhe tem dedicado", acusou o partido.
Entre as críticas, a direção do Chega apontou ao Governo "o pagamento de um subsídio de risco irrisório", a falta de viaturas policiais e de condições em esquadras, bem como "a falta generalizada de elementos policiais que coloca em risco a segurança dos cidadãos, mas também dos próprios elementos das forças de segurança".
O presidente da Associação Sindical dos Profission(...)
"Não basta ao Governo dizer palavras solidárias aos agentes da autoridade. É necessário que atue em conformidade com a responsabilidade que estes homens e mulheres carregam todos os dias consigo e com os riscos que todos correm na sua missão diária e ininterrupta de fazer cumprir o Estado de Direito", defendeu o partido.
Além de condenar as agressões de hoje aos polícias, o Chega desejou "rápidas melhoras" ao agente que se encontra em estado de coma no Hospital de São José e apelou a que os responsáveis "sejam rapidamente identificados e levados a enfrentar a justiça de forma inequívoca".
Quatro polícias foram violentamente agredidos, cerca das 06:30 de hoje, por um grupo de dez pessoas, junto à discoteca MOME, na 24 de julho, Lisboa, encontrando-se um dos agentes, de cerca de 30 anos, em coma no Hospital de São José.
Uma vez que a situação configura o crime de homicídio, na forma tentada, o caso já foi entregue à Polícia Judiciária (PJ) para investigação, admitindo-se que as imagens de videovigilância no exterior da discoteca possam ser úteis na identificação dos agressores.
A ministra da Administração Interna já manifestou "preocupação face à brutalidade e violência da agressão" contra polícias na noite de Lisboa, classificou tais atos de "intoleráveis" e prometeu um "rápido apuramento dos factos".
Na mesma nota, Francisca Van Dunem exprimiu também a sua solidariedade para com os agentes agredidos e com as suas famílias, em particular com o que se encontra hospitalizado em estado grave.
Lisboa
Os quatro agentes encontravam-se no local, fora de(...)