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Novo Governo

António Costa promete um Governo "que resolva problemas e que crie oportunidades"

30 mar, 2022 - 19:26 • João Malheiro

O primeiro-ministro voltou a referir que "a maioria absoluta não significa poder absoluto", mas sim, pelo contrário, "uma responsabilidade absoluta para quem governa". António Costa defendeu que os portugueses garantiram estabilidade "até outubro de 2026".

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O primeiro-ministro, António Costa, no discurso da tomada de posse do novo Governo prometeu um Executivo "que resolva problemas e que crie oportunidades".

"Os portugueses desejam um governo que trabalhe afincadamente para que o país proteja os seus cidadãos, garanta a sua liberdade e segurança e os mobilize no esforço coletivo de modernizar Portugal", disse.

O líder socialista admitiu que as "circunstâncias mudaram e a conjuntura é mais adversa", mas considerou que o país "dispõe de condições únicas para romper definitivamente com o modelo de desenvolvimento assente em baixos salários, assegurando emprego digno e de qualidade, aumento o potencial do seu tecido produtivo e eliminando barreiras ao progresso económico".

António Costa começou por agradecer a todos os que ajudaram a enfrentar "a tormenta" da pandemia e acabou a apontar para os desafios do futuro.

"O quadro internacional é novo e coloca-nos novas exigências, mas o nosso rumo permanece inalterado. Temos provas dadas. Viramos a página da austeridade, estamos a virar a página da pandemia, vamos virar a página da guerra e juntos conseguiremos escrever as páginas de um futuro que queremos radioso", declarou.

O primeiro-ministro voltou a referir que "a maioria absoluta não significa poder absoluto", mas sim, pelo contrário, "uma responsabilidade absoluta para quem governa".

"É a ausência de alibis e de desculpas. Temos a obrigação de aproveitar a estabilidade para antecipar a incerteza, enfrentando corajosamente os desafios estruturantes com que nos confrontamos", apontou.

E o líder do Executivo garantiu que isso só pode ser alcançado através de "trabalho, em conjunto, com humildade democrática, com lealdade institucional, garantido o envolvimento dos partidos políticos e dos parceiros sociais".

Antes, o Presidente da República tinha lançado um aviso sério a António Costa, sobre uma eventual saída do cargo antes do final do mandato.

“Agora que ganhou e ganhou por quatro anos e meio, tenho a certeza que vossa excelência sabe que não será politicamente fácil , que esse rosto, essa cara que venceu de forma incontestável e notável as eleições , possa ser substituída por outra a meio do caminho ”, diz Marcelo Rebelo de Sousa.

O discurso do reempossado primeiro-ministro não trouxe uma resposta direta ao repto do chefe de Estado português, porém Costa referiu que "os portugueses resolveram a crise política e garantiram a estabilidade até outubro de 2026".

"O Presidente é o mesmo e o primeiro-ministro também é o mesmo. Assim, os portugueses podem contar com a normalidade institucional", garantiu.

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