03 abr, 2022 - 01:23 • Susana Madureira Martins , Tomás Anjinho Chagas
O portismo está de volta à direção do CDS. O novo presidente centrista, Nuno Melo, vai ter seis vice-presidentes, sabe a Renascença, e no lote estão, por exemplo, o até agora líder parlamentar do partido, Telmo Correia, o ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais Paulo Núncio e a ex-deputada Vânia Dias da Silva.
Para porta-voz do CDS, Nuno Melo chamou Isabel Galriça Neto, ex-deputada e médica especialista em cuidados paliativos, substituindo no cargo Cecília Anacoreta Correia.
Miguel Morais Leitão é outro dos nomes do portismo que está de regresso. Homem muito próximo de Paulo Portas, este ex-secretário de Estado Adjunto e dos Assuntos Europeus e em 2015, e por breves semanas, ministro da Economia da coligação PSD/CDS, foi o escolhido por Nuno Melo para coordenar o gabinete de estudos do partido, órgão até agora dirigido por António Galvão Lucas.
Também disponível para integrar a direção de Nuno Melo está o actual líder da Juventude Popular (JP), Francisco Camacho, que, em entrevista à Renascença, manifestou abertura para fazer parte da Comissão Executiva, o núcleo mais restrito de decisão do partido, revelando mesmo que será essa a intenção do novo presidente centrista.
Entre as escolhas de Melo para os lugares de topo do partido está também o actual presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, José Manuel Rodrigues, que será candidato à presidência da Mesa do Congresso. Se for eleito este domingo pelos congressistas presentes em Guimarães, Rodrigues irá suceder a Martim Borges de Freitas e já será ele a dar posse aos novos dirigentes nacionais do CDS.
Os novos órgãos de direção do CDS serão eleitos este domingo pelo Congresso que está a decorrer em Guimarães. Uma votação que irá contar com Paulo Portas, que já garantiu o voto nas listas apresentadas por Nuno Melo.
O ex-líder centrista confirmou no sábado que vai estar em Guimarães para usar pela primeira vez, desde que deixou a liderança do CDS, o voto de inerência, mas garantindo que isto "não significa qualquer regresso à política partidária".