13 abr, 2022 - 13:55 • Ricardo Vieira, Diogo Camilo e Tomás Anjinho Chagas
O ministro das Finanças, Fernando Medina, apresentou esta quarta-feira a nova proposta de Orçamento do Estado para 2022 (OE2022), com a revisão em forte alta da inflação e a manutenção da meta do défice.
O documento traça o cenário até ao final do ano e traz medidas para tentar apoiar famílias e empresas, num cenário de "elevada incerteza e riscos", afirmou o governante.
Na sua declaração inicial, Fernando Medina disse que este Orçamento "não é de austeridade", uma crítica apontada pela oposição. “É um orçamento que procura responder à conjuntura, aos desafios estruturais do país e procura assegurar a continuidade de uma política de contas certas”, disse o novo ministro das Finanças.
No documento, o Governo revê em alta a previsão da taxa de inflação para este ano, de 0,9% para 4%. Na apresentação do documento, o ministro das Finanças anunciou ainda que o crescimento económico foi revisto em baixa para 4,9% e que o défice mantém-se nos 1,9%.
Fernando Medina diz que o Orçamento injeta 7,6 mil milhões de euros no país contra a crise.
Numa declaração divulgada esta quarta-feira de manhã, o primeiro-ministro, António Costa, disse que o Orçamento responde à inflação com "mais de 1.200 milhões de euros".
A nova proposta de Orçamento surge após o chumbo de uma primeira versão no Parlamento, que levou a eleições antecipadas.
A proposta de OE 2022 foi entregue esta quarta-feira pelo ministro das Finanças, Fernando Medina, ao presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, por volta das 13h13.
“Este Orçamento traz respostas essenciais na mitigação do aumento dos preços dos combustíveis, para as centenas de milhares de pensionistas que com a aprovação deste Orçamento verão a sua pensão aumentada com efeitos retroativos a 1 de janeiro de 2022, traz um alívio fiscal para a classe média, traz apoios ao investimento produtivo, medidas de aceleração da execução do PRR para as instituições de Ensino Superior, para os municípios, para as instituições particulares de solidariedade social", disse Fernando Medina, após a entrega do documento.
"No fundo, um Orçamento que responda às necessidades do país e que prossegue a linha das contas certas”, disse Fernando Medina, após a entrega do documento", salientou.