25 abr, 2022 - 11:30 • Ricardo Vieira
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, defende mais investimento e "condições para umas Forças Armadas mais fortes, unidas e motivadas".
No discurso nas comemorações do 25 de Abril na Assembleia da República, Marcelo Rebelo de Sousa começou por fazer uma referência ao antigo Presidente Jorge Sampaio e aos capitães de Abril.
Depois, o chefe de Estado centrou a sua intervenção na importância das Forças Armadas como "garante da soberania e unidade da nossa pátria", num contexto de guerra na Europa, "talvez a mais global de todas" e possivelmente "a mais brutal em refugiados".
Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que "as fronteiras da paz são as nossas fronteiras” e salientou que, além das missões no estrangeiro, os militares estão envolvidos na resposta a outros problemas e crises, como a pandemia de Covid-19.
"Sem Forças Armadas fortes, unidas e motivadas, a nossa paz, segurança, liberdade, democracia - sonhos do 25 de Abril - ficarão mais fracas. Porque reconhecer como são importantes as nossas Forças Armadas na nossa vida como pátria exige mais do que reconhecê-las com palavras, porque se queremos Forças Armadas fortes, unidas e motivadas têm que ter condições para serem ainda mais fortes, unidas e motivadas", declarou o Presidente da República.
"Se não quisermos criar essas condições, não nos poderemos queixar que um dia descubramos que estamos a exigir às nossas Forças Armadas missões difíceis de cumprir por falta de recursos. Se o não fizermos a tempo outros o exigirão por nós, e depois não nos queixemos de desilusões, frustrações, contestações ou afastamentos", sublinhou o comandante supremo das Forças Armadas.
Os militares precisam de mais meios para realizar as suas missões no estrangeiro e dentro de portas, como aconteceu durante a pandemia de Covid-19, salientou.
Dar "mais meios imprescindíveis" às Forças Armadas "não é ser-se de direita ou de esquerda, conservador ou progressista, moderado ou radical, é ser patriota", frisou o Presidente da República.
Marcelo Rebelo de Sousa pede "um consenso nacional continuado e efetivo acerca das Forças Armadas como pilar crucial da nossa vida coletiva".
Neste discurso por ocasião do 48.º aniversário do 25 de Abril, o comandante supremo das Forças disse no Parlamento que os militares portugueses são dos melhores, mas não podem estar sempre a fazer "milagres" com recursos escassos.
"E fazer isto não é só tarefa de um Presidente, de um parlamento, de um Governo. Requer um consenso nacional continuado e efetivo acerca das Forças Armadas como pilar crucial da nossa vida coletiva", apelou Marcelo Rebelo de Sousa.