07 mai, 2022 - 16:59 • Henrique Cunha
À entrada para a Conferência sobre o Futuro da Europa, na Fundação de Serralves, no Porto, António Costa reconheceu a existência de problemas, mas garantiu que "com boa-fé" serão encontradas soluções.
O primeiro-ministro sublinha que “há problemas das mais diversas naturezas, mas importante é identificá-los e com boa-fé uns e outros procurem encontrar soluções para alguns desses problemas".
António Costa, que chegou a Serralves na companhia o Presidente da Câmara do Porto, adiantou que aproveitou para falar no automóvel com Rui Moreira sobre as dúvidas do autarca com o processo de descentralização e admitiu que “ainda não há um entendimento, mas há-de haver”.
Já sobre os problemas entre a Associação de Municípios Portugueses (ANMP) e a Câmara do Porto, o primeiro-ministro ressalvou que essa questão "transcende" o Governo.
O primeiro-ministro também falou longamente do preço dos combustíveis e assegurou que, se o Governo não tivesse baixado o Imposto sobre os produtos Petrolíferos (ISP), na segunda-feira a gasolina e o gasóleo estariam mais caros 20 cêntimos por litro.
António Costa não se compromete com novas descidas no imposto, nem com o regresso do autovaucher e sugere aos consumidores a consulta do site da ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica) para se perceber quais as gasolineiras que estão a respeitar as descidas da carga fiscal.
O primeiro-ministro referiu, ainda, que, “até hoje, a ERSE (Entidade Reguladora do Setor Energético) disse que não há evidência nenhuma de que as gasolineiras estejam a aumentar as margens (de lucro) à custa da redução dos impostos” e sugeriu a consulta do site da ASAE porque “a ASAE faz uma avaliação mais fina, porque verifica [preços] bomba de gasolina a bomba de gasolina”. “Cada um pode saber a que bombas a que deve ir para pagar menos e a que bombas onde pagará mais se for lá”, sublinhou.
Questionado sobre se o Governo autorizou o envio de 15 carros blindados para a Ucrânia, António Costa garantiu que o seu executivo nunca divulgará qual o material enviado. O primeiro-ministro afirmou também que não vai divulgar a data da sua deslocação á Ucrânia por razões de segurança. “Nós temos vindo, desde a primeira hora, a dar suporte à Ucrânia, seja em meios financeiros, meios humanitários, material militar. Primeiro na natureza não letal e depois na natureza letal. Nunca divulgámos até agora, por razões de segurança, qual o tipo de material que temos enviado. A Ucrânia conhece-o”, referiu Costa, numa longa resposta. E prosseguiu: “Listamos o material e a Ucrânia aprova se aquele material corresponde às suas necessidades ou não corresponde às suas necessidades. Até agora, nunca divulgámos qual é o material, nem vamos divulgar”.
[notícia atualizada às 17h55 de sábado, 7 de maio de 2022]