Siga-nos no Whatsapp
A+ / A-

Finlândia na NATO. MNE português e finlandês reúnem-se na sexta-feira para debater adesão

12 mai, 2022 - 15:30 • Lusa

Presidente finlandês já declarou que adesão à organização não será "contra ninguém", mas a notícia mereceu fortes reações da parte de Moscovo.

A+ / A-

O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, reúne-se na sexta-feira, em Helsínquia, com o seu homólogo finlandês, Pekka Haavisto, para debater a adesão da Finlândia à NATO, anunciou o Governo português nesta quinta-feira.

O encontro vai acontecer um dia depois de o Presidente e a primeira-ministra da Finlândia terem dito que são favoráveis à adesão do país à Aliança Atlântica, devendo o pedido ser anunciado oficialmente no próximo domingo em Helsínquia.

Segundo sublinhou o Presidente finlandês, Sauli Niinistö, a adesão da Finlândia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO ou OTAN, na sigla em português) não será "contra ninguém", apesar de Moscovo ter alertado Helsínquia para as "consequências" em caso de candidatura.

A Rússia avisou, nesta quinta-feira, a Finlândia de que será forçada a tomar medidas de retaliação, "tanto técnico-militares como outras", se violar as suas obrigações jurídicas internacionais e aderir à NATO.

"A adesão da Finlândia à NATO causará sérios danos às relações bilaterais Rússia-Finlândia (...). A Rússia será forçada a tomar medidas de retaliação, tanto técnico-militares como outras, a fim de pôr termo às ameaças à sua segurança nacional que surjam a este respeito", lê-se num comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.

O secretário-geral da NATO, o norueguês Jens Stoltenberg, saudou a vontade demonstrada pela Finlândia em integrar a Aliança Atlântica, garantindo um processo de adesão "tranquilo" e rápido.

Por seu lado, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, considerou nesta quinta-feira que a adesão da Finlândia à NATO será "um passo histórico" que contribuirá para a segurança na Europa.

A formalização do pedido de adesão à NATO pela Finlândia deverá ser seguida em breve por um pedido da Suécia para também entrar na organização militar.

O encontro entre os chefes da diplomacia português e finlandês também servirá para debater assuntos bilaterais e a situação da invasão da Ucrânia pela Rússia.

De acordo com o comunicado divulgado pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, no final do encontro, pelas 16h10 (14h10 em Lisboa), os dois ministros farão declarações sobre a reunião.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Cidadao
    12 mai, 2022 Lisboa 17:58
    As ameaças Russas neste momento, assustam pouco, e eu gosto especialmente da parte que diz "... (a Rússia) será forçada a tomar medidas de retaliação, "tanto técnico-militares como outras", se (a Finlândia) violar as suas obrigações jurídicas internacionais e aderir à NATO." Quais obrigações jurídicas internacionais? Aliás, estarei a ler bem? A Rússia invasora criminosa a falar em "obrigações jurídicas"? Vivem numa Realidade alternativa que tudo justifica, desde invasões a crimes contra Humanidade e acham-se no direito de mandar noutros Países. É por isso que dana ver "corações de pomba" e afins, a falar que o Ocidente voltou a "brincar com soldadinhos de chumbo" e que o que é preciso é "negociar" quando do outro lado temos alguém que a única "negociação" que aceita é que tem de ser tudo, mas tudo, como ele quer. E mais nada.

Destaques V+