18 mai, 2022 - 19:32 • João Carlos Malta
O primeiro-ministro António Costa disse esta quarta-feira, na Roménia, que se Marcelo Rebelo de Sousa entendeu que era a altura para divulgar que ele ia à Ucrânia, então este foi o momento certo.
“O Presidente da República anunciou, está anunciado. Se o anunciou fez seguramente bem, e é ele que determina o tempo da sua própria palavra. O Governo não condiciona a palavra do Presidente da República”, disse Costa que visita em Bucareste, na Roménia, a força nacional destacada no âmbito da operação da NATO naquele país.
Por razões de segurança, só no próprio dia em que chegam à Ucrânia é que se sabe que muitos dos responsáveis políticos que se deslocam àquele país lá estão.
O primeiro-ministro tentou desdramatizar afirmando após ser questionado sobre o tema que “entre o Governo e o Presidente da República não há segredos”.
A caminho de Díli para as cerimónias da restauraçã(...)
“A política interna e externa é conduzida pelo Governo, devendo manter permanentemente informado o Presidente da República. Obviamente que o senhor Presidente da República sabe o que o Governo faz e pensa, e quando o faz”, explicou.
Marcelo disse ser uma “coincidência feliz” que o chefe de Governo português estará na Ucrânia, enquanto ele próprio irá estar em Timor-Leste para celebrar 20 anos de um “país em paz, democrático, livre e com uma democracia de sucesso”.
Na viagem ao leste da Europa, o primeiro-ministro depois da Roménia, segue para a Polónia e depois Ucrânia.
Questionado sobre se chegará a Kiev na sexta-feira ou no sábado, Costa foi lacónico. “Quando lá chegar”. O líder do Governo disse ainda que a ida à Ucrânia responde a um convite feito pelo “colega ucraniano”.
A visita do primeiro-ministro a Kiev tinha sido anunciada no início do mês, a 4 de maio, após reunião por videoconferência entre Costa e o seu homólogo ucraniano, Denys Shmygal. "O primeiro-ministro convidou-me a visitar a Ucrânia em data a acertar, convite que aceitei. Incluirá um encontro com o Presidente da República da Ucrânia, Volodymyr Zelensky", disse na altura, indicando que a data da visita seria divulgada “em momento oportuno”.
No entanto, a visita ainda não faz parte da agenda oficial do primeiro-ministro.
O primeiro-ministro contextualizou a ida à Roménia com o momento que a Europa vive e “onde é mais do que nunca importante afirmar a unidade da NATO e a capacidade que tem de assegurar a sua defesa coletiva, num momento em que a Rússia tem uma atitude belicista de violação total do direito internacional”.
"O número de casos é imenso. Pode demorar qualquer(...)
Costa entende que é fundamental reforçar as defesas no flanco leste da NATO. “Por isso, desde a primeira hora respondemos a esta chamada para aqui ter as nossas forças de combate, que visa assegurara a soberania, integridade e segurança da Roménia. Na NATO somos só um. Uma ameaça a um é uma ameaça a todos nós”, explicou.
A ida a Bucareste serve ainda para assinar um novo acordo de cooperação e defesa com a Roménia.” O anterior correu muitíssimo bem com a indústria nacional a contribuir para a venda de aviões F16”, justificou.
Na segunda etapa desta viagem, Costa seguirá para a Polónia. “Todos sabemos que é o país da União Europeia a quem está a ser solicitado um esforço maior no acolhimento de refugiados, e é um país com quem temos fortes relações bilaterais. Por isso, vou aproveitar para ter uma reunião para perceber como Portugal pode apoiar o esforço que a Polónia está a fazer por todos nós”, rematou.
O primeiro-ministro tem previstos encontros com tr(...)