19 mai, 2022 - 15:03 • Ricardo Vieira
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A expulsão de diplomatas portugueses pela Rússia foi uma decisão "sem motivo", afirmou esta quinta-feira o primeiro-ministro, António Costa.
De visita à Roménia, António Costa reagiu à notícia de que as autoridades de Moscovo expulsaram cinco diplomatas portugueses em retaliação contra uma medida idêntica de Portugal.
“O único facto relevante é que dez diplomatas russos, que desempenhavam funções incompatíveis com o seu estatuto diplomático, nós expulsámos em devido tempo e hoje a Rússia entendeu que devia retaliar sem motivo”, declarou o primeiro-ministro.
“A única coisa relevante é que Portugal agiu como devia agir relativamente a dez pessoas que estavam em Lisboa, acreditadas como diplomatas, mas que desenvolviam outras atividades que não eram atividades diplomáticas”, sublinhou António Costa.
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O chefe do Governo considera que, apesar dos últimos acontecimentos, é preciso continuar a manter canais diplomáticos abertos com a Rússia.
“Nós temos que manter os canais diplomáticos abertos. Eles estão abertos. Não cortámos relações com a Rússia, a Rússia não cortou relações com Portugal. Agora, os canais diplomáticos devem desenvolver-se através de diplomatas e é por isso que nós procedemos à expulsão atempada de dez pessoas que estavam colocadas em Portugal com esse estatuto, mas que não exerciam essas funções”, declarou António Costa.
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A Rússia anunciou nesta quinta-feira a expulsão de cinco diplomatas portugueses do país. A notícia é confirmada à Renascença por fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
A embaixadora portuguesa foi chamada ao Ministério dos Negócios Estrangeiros da Federação Russa nesta quinta-feira de manhã, “tendo sido informada da expulsão de cinco funcionários da embaixada, que terão de abandonar a Rússia no prazo de 14 dias”, indica a nota enviada à redação.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros repudia a decisão de Moscovo, “que não tem qualquer justificação que não seja a simples retaliação”.
“Ao contrário dos funcionários russos expulsos de Portugal, estes funcionários nacionais levavam a cabo atividades estritamente diplomáticas, em absoluta conformidade com a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas”, acrescenta ainda o comunicado.