29 mai, 2022 - 17:01 • Lusa
O primeiro-ministro afirmou hoje que o Governo pretende garantir que, nesta década, as exportações representam mais de 50% do PIB, considerando que a escolha de Portugal como país parceiro da feira de Hannover poderá ajudar nesse desígnio.
"Para o país é também da maior importância, porque temos todos uma meta, que é, nesta década, garantirmos que as exportações passam a representar mais de 50% do nosso Produto Interno Bruto (PIB), e isso só se faz tendo cada vez serviços e bens de maior valor acrescentado", frisou o primeiro-ministro.
Nesse sentido, Costa reiterou que a presença de empresas portuguesas na feira de Hannover "é absolutamente essencial, porque irá seguramente alavancar o aumento e o crescimento" das exportações portuguesas". .
"Temos todas as condições para o conseguir e o contexto é um contexto que nos favorece, porque é um contexto de reindustrialização da Europa, de transição energética, de transição digital e onde, portanto, vai ser necessário adquirir cada vez mais produtos e serviços como aqueles que vocês produzem ou que prestam" sublinhou. .
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O primeiro-ministro defendeu ainda que o convite para Portugal ser país parceiro da feira "ocorre num momento particularmente importante" em termos internacionais. .
É "um momento em que em toda a Europa se procura encurtar as cadeias de valor e reforçar a capacidade industrial na Europa, num momento em que todas as empresas industriais estão a investir fortemente na sua automação, e num momento em que a indústria tem que acompanhar o esforço do conjunto da sociedade para a sua sustentabilidade e estão a investir fortemente em novos paradigmas energéticos", elencou. .
Nesse âmbito, Costa disse ser "com grande orgulho" que se encontra em Hannover para a abertura da "maior feira industrial que existe à escala global", e sublinhou que a escolha de Portugal se deveu à "excelência dos bens e dos serviços" que as empresas portuguesas produzem. .
"Esse reconhecimento foi o que levou a que Portugal fosse escolhido para país parceiro: a presença nesta feira é da maior importância. Há muitos anos que Portugal está aqui -- em média temos cerca de 40 empresas -- este ano temos mais do dobro: mais de 100 empresas portuguesas vão estar aqui nas mais diferentes formas de ajudar as indústrias a serem cada vez mais competitivas, mais produtivas, mais sustentáveis", frisou. .
O primeiro-ministro contrariou ainda ideia segundo a qual Portugal "produz essencialmente serviços", recordando que 70% das exportações portuguesas são bens e os restantes 30% são serviços, acrescentando que a primeira fileira de exportações é a metalomecânica. .
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Dirigindo-se diretamente aos empresários portugueses -- na plateia, encontrava-se o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), António Saraiva -- Costa desejou-lhes "uma excelente semana", com "muitos bons negócios, e que isso contribua seguramente para atrair investidores para Portugal, mas sobretudo para encontrarem novos mercados, novos clientes e que façam muitos bons negócios que ajudam o país a exportar mais e a crescer também cada vez mais, puxado pelas exportações". .
Nesta deslocação, Costa encontra-se acompanhado pelo ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, pelo secretário de Estado Adjunto e da Economia, João Neves, o secretário de Estado da Internacionalização, Bernardo Ivo Cruz, e pelo secretário de Estado do Ambiente e da Energia, João Galamba. .
Com o "slogan" "Portugal faz sentido", a Hannover Messe"22 -- considerada a maior feira de indústria do mundo -- começa hoje e termina na quinta-feira, tendo escolhido Portugal como país parceiro para a edição deste ano. .
Segundo o gabinete do primeiro-ministro, 109 empresas portuguesas irão participar no certame, desenvolvendo "atividades nas áreas de soluções de engenharia, soluções de energia e ecossistemas digitais". .
À margem da feira de Hannover -- que vai inaugurar esta tarde com Olaf Scholz --, António Costa vai também jantar hoje à noite com o chanceler alemão, num encontro fechado à comunicação social.
Na segunda-feira de manhã, o primeiro-ministro e o chanceler alemão irão visitar pavilhões nacionais na feira, antes de se deslocarem a Bruxelas, onde, nessa tarde e na segunda-feira, participam na reunião do Conselho Europeu. .
INE
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