30 jun, 2022 - 19:29 • Redação
A editora de política da Renascença, Susana Madureira Martins, considera que a polémica entre António Costa e Pedro Nuno Santos revela que "há uma gigantesta desorientação do Governo", de todos os protagonistas.
"Ontem, Pedro Nuno Santos fazia e acontecia e hoje teve de se humilhar aos jornalistas", analisou, esta tarde, na Renascença.
A editora de política aponta que quando António Costa sai do país "parece que saltam os disparates e os problemas".
Sobre a resolução da polémica, Susana Madureira Martins indica que "nem se percebe bem" se António Costa acompanha a solução de Montijo-Alcochete e realça diferenças no discurso entre o primeiro-ministro e o ministro das Infraestruturas e da Habitação.
"António Costa fala numa falha grave, mas Pedro Nuno Santos diz que é um erro relevante. Há uma intenção de segurar as pontas", indica.
A editora de política da Renascença explica que o primeiro-ministro "teria dificuldade de controlar um animal muito rebelde fora do Governo" e, portanto, pode ter optado por manter o ministro, em parte, por esta razão.
Já sobre a reação de Marcelo Rebelo de Sousa ao caso, marcada para as 20h10 desta quinta-feira. Susana Madureira Martins diz que, provavelmente, o chefe de Estado "não quererá dizer que não sabia de todo o que se estaria a passar".
"Tenho dúvidas que o Presidente da República peça, taxativamente, a demissão do ministro das Infraestruturas e da Habitação", considera.
Do lado do PSD, Susana Madureira Martins acredita que o futuro líder do PSD, Luís Montenegro, "ganha muitos pontos" e parte confortável para o congresso do PSD, este fim de semana.