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Pedro Nuno Santos ouvido no parlamento sobre problemas nos aeroportos

13 jul, 2022 - 06:55 • Lusa

Continuam os constrangimentos. Em Lisboa está previsto o cancelamento de 16 voos e no Porto três.

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O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, é hoje ouvido no parlamento, por requerimento do PSD, para esclarecimentos sobre os problemas nos aeroportos de Lisboa e do Porto.

Em causa está a classificação do "site" alemão AirHelp, que divulga anualmente um "ranking" mundial dos aeroportos, no qual o Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, surge na 132.ª posição, com uma avaliação geral de 5.76 em 10 pontos, entre os 132 aeroportos avaliados, ou seja, em último lugar.

Já o Aeroporto Sá Carneiro, no Porto, aparece como o oitavo pior, com uma pontuação geral de 6.46.

Como parâmetros avaliados estão, entre outros, os atrasos nas partidas e chegadas, a qualidade do serviço e os espaços comerciais e de alimentação.

"Para um país que depende muito significativamente das receitas do turismo e da sua imagem, este tipo de notícias é causador de danos reputacionais com reflexos na atividade turística", lê-se no requerimento apresentado pelo grupo parlamentar do PSD, que entende ser "relevante conhecer a razão de tais classificações e o que está a ser feito em relação às mesmas".

No mesmo âmbito, foram já ouvidos o presidente do Conselho de Administração da ANA -- Aeroportos de Portugal, que pertence ao grupo francês Vinci, José Luís Arnaut, e o presidente da Comissão Executiva, Thierry Ligonnière, que defenderam que a elaboração daquela classificação assenta num conjunto de critérios desatualizados, de 2018, sem indicação da amostragem, da representatividade ou da metodologia.

Segundo o ANA, a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), questionada pela gestora de aeroportos sobre o tema, respondeu que "fez a análise da nota metodológica [do "ranking" da AirHelp], a qual não é suficientemente detalhada para permitir extrair conclusões e análises comparativas, tendo em conta que se refere a dados de 2018, que não é claro o critério/fonte definido para a pontualidade, nem a base de seleção dos aeroportos contemplados".

A audição de Pedro Nuno Santos acontece numa altura em que estão a ser cancelados vários voos, diariamente, nos aeroportos europeus, devido à falta de pessoal, greves e outros fatores externos agravantes, nomeadamente climáticos, relacionados com a covid-19 ou com imprevistos. Em Portugal, o aeroporto Humberto Delgado, tem sido especialmente afetado, com dezenas de cancelamentos diários na última semana. .

Adicionalmente, o PCP, o Bloco de Esquerda e a Iniciativa Liberal apresentaram requerimentos para uma outra audição do ministro das Infraestruturas, sobre o despacho entretanto revogado, que dava conta de uma solução aeroportuária para a região de Lisboa que contemplava um aeroporto no Montijo e outro em Alcochete.

No entanto, os três requerimentos foram votados na Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, tendo obtido o voto contra do PS e os votos favoráveis das restantes bancadas parlamentares, tendo sido, por isso, "chumbados".

O deputado do PS Hugo Costa argumentou que havia já uma audição do ministro aprovada para hoje, onde poderá também ser questionado sobre outros temas.

Já a deputada do PCP Paula Santos acusou o PS de "bloqueio" à discussão.

Na dia 29 de junho, o Ministério das Infraestruturas publicou um despacho que dava conta de que o Governo tinha decidido avançar com uma nova solução aeroportuária para Lisboa, que passava por avançar com o Montijo para estar em atividade no final de 2026 e Alcochete e, quando este estiver operacional, fechar o aeroporto Humberto Delgado.

No entanto, no dia seguinte à sua publicação, o despacho foi revogado por ordem do primeiro-ministro, António Costa, levando Pedro Nuno Santos a assumir publicamente "erros de comunicação" com o Governo nas decisões que envolveram o futuro aeroporto da região de Lisboa.

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  • ze
    13 jul, 2022 aldeia 09:23
    Depois vai dizer que vai criar uma comissão e.............fica tudo na mesma!Já estamos habituados á inacção destes governantes.

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