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Ministro do Ambiente diz que plano de Bruxelas para poupar gás "não é aceitável"

21 jul, 2022 - 18:36 • João Malheiro

Duarte Cordeiro esclarece que o Governo não tem esta posição "por falta de solidariedade" com países mais dependentes do gás russo, porém defende que tem de "rejeitar a proposta se ela for apresentada nestes termos".

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O ministro do Ambiente considera que a proposta da Comissão Europeia para uma meta de redução do consumo de gás na União Europeia (UE) de 15% até à primavera "não é aceitável".

Em declarações registadas pela Renascença, no jardim botânico, em Lisboa, Duarte Cordeiro diz que a proposta "não serve os interesses de Portugal".

"Portugal, devido à seca, produz menos energia hídrica, o que obriga a produzir mais energia por via do gás", explica.

O ministro esclarece que o Governo não tem esta posição "por falta de solidariedade" com países mais dependentes do gás russo, porém defende que tem de "rejeitar a proposta se ela for apresentada nestes termos".

"Vamos tentar que seja melhorada", acrescenta o governante, detalhando que as negociações vão continuar na reunião de ministros europeus na terça-feira.

Também o secretário de Estado do Ambiente e da Energia, João Galamba, diz-se “completamente contra” a meta definida pela União Europeia de 15% de redução do consumo de gás até à primavera.

Em reação ao Expresso, esta quarta-feira, o representante do Governo disse que a medida “não tem em atenção as diferenças entre países” e refere que o corte de 15% no consumo de gás entre agosto de 2022 e março de 2023, proposto por Bruxelas, seria “insustentável” porque obrigaria Portugal a ficar “sem eletricidade”.

Também o Governo de Espanha rejeitou a proposta da Comissão Europeia.

“Defendemos os valores europeus, mas não podemos assumir um sacrifício sobre o qual nem sequer nos pediram parecer prévio”, disse a terceira vice-presidente e ministra para a Transição Ecológica de Espanha, Teresa Ribera, em conferência de imprensa.

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