26 jul, 2022 - 19:58 • Manuela Pires , com redação
Luís Montenegro diz que o Governo andou "a dormir" nos últimos anos, mas o PSD vai procurar uma solução consensualizada sobre o novo aeroporto de Lisboa.
O líder social-democrata adianta que está a ouvir várias entidades sobre o assunto, mas volta a dizer que a decisão é do Governo.
“Naquilo que nos compete será possível nós dialogarmos. Estou a promover no PSD um conjunto de encontros e audições com pessoas especializadas e entidades avalizadas. Não me peçam a mim que faça em 50 dias aquilo que não se fez em 50 anos, nem o Governo peça que faça em sete dias o que não fez em sete anos, que foi tomar uma decisão”, afirma Luís Montenegro.
Para o presidente do PSD, há outro aspeto que é “importante clarificar: não há forma de evitar que se faça uma avaliação ambiental estratégica”.
Primeiro-ministro e novo líder do PSD estiveram re(...)
Numa conferência promovida pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), o líder do PSD deixou ainda um desafio ao Governo: antes de decidir a localização do novo aeroporto avance desde já com as obras na Portela.
“Nós tivemos a dormir em Portugal e o Governo esteve a dormir, porque não aproveitou os dois anos de pandemia, de retração de toda a atividade aeroportuária, para fazer as obras”, criticou.
Luís Montenegro esteve na sexta-feira reunido com o primeiro-ministro durante três horas e meia e não falou no final. Diz agora que os temas que foram falados devem ficar no recato da reunião.
Na conferência da CGD, o líder do PSD foi questionado sobre os impostos. Diz que a política fiscal deve ser simplificada e tem que haver uma redução de impostos, primeiro para as famílias e depois para as empresas.
“Eu começo pelas pessoas. Os impostos sobre os rendimentos do trabalho devem descer. Já temos uma carga fiscal indireta através dos impostos sobre o consumo que é muito elevada. Há condições para termos uma política fiscal que possa dar às famílias uma disponibilidade de rendimento maior e que agora está penalizada pelo efeito do aumento dos preços naquilo que é essencial: no cabaz alimentar, na energia, na eletricidade, nos combustíveis”, sublinha.
Montenegro defende ainda que a política fiscal não deve ficar definida na lei do Orçamento do Estado.