17 ago, 2022 - 18:28 • Lusa
O Presidente da República vai adiar a deslocação prevista para este mês à província moçambicana de Zambézia, por ocasião da reabertura da catedral de Quelimane, para uma data posterior à Cimeira de Maputo, no início de setembro.
De acordo com uma nota divulgada na página oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa ajustou com o homólogo de Moçambique, Filipe Nyusi, "que a deslocação a Quelimane, prevista para este mês, seria adiada, para data a fixar, mas sempre posterior à Cimeira de Maputo", que vai realizar-te entre 1 e 2 de setembro.
"Na sequência deste adiamento, o Presidente da República receberá em audiência, já pedida, uma delegação da entidade promotora da iniciativa em Quelimane, já no próximo mês de setembro", acrescenta a nota.
Em março, aquando da última oficial a Moçambique, o chefe de Estado português prometeu voltar em agosto, para a reabertura, após restauro, da catedral de Quelimane, capital provincial da Zambézia.
A V Cimeira Luso-Moçambicana, onde vai estar presente o primeiro-ministro português, António Costa, estava inicialmente agendada para 11 e 12 de julho, em Maputo, mas acabou por ser adiada para os primeiros dias de setembro.
A deslocação a Moçambique do Presidente da República será a quarta desde que tomou posse pela primeira, em 2016. O país foi também o destino da primeira visita de Estado de Marcelo Rebelo de Sousa, em maio de 2016, circunscrita à capital e arredores, e onde regressou em janeiro de 2020, para a posse de Nyusi após a sua reeleição, ocasião em que, além de Maputo, foi à Beira.
Marcelo Rebelo de Sousa, que tem 73 anos, conheceu Moçambique entre os 19 e os 20, em temporadas de férias dos estudos na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, durante o mandato do seu pai, Baltazar Rebelo de Sousa, como governador-geral (1968-1970) da então província ultramarina, em plena guerra colonial.
A última visita que fez antes de ser Presidente da República foi em dezembro de 2015, quando era candidato presidencial, para participar no primeiro Fórum Social e Económico de Moçambique.
"Quaisquer que sejam as funções que assumirei no futuro, está presente em Moçambique um tratamento privilegiado, um carinho especial e um entendimento natural que passa por muita gente moçambicana, muita dela responsável, e pelo estreitamento de relações entre países, instituições, economias, culturas e universidades", declarou em entrevista à Lusa, na altura.