17 ago, 2022 - 12:40 • Lusa
O PCP considerou esta quarta-feira que a renúncia do antigo diretor de informação da TVI ao cargo de consultor do ministro das Finanças foi o “desfecho natural” para uma decisão da tutela baseada em “critérios discutíveis”.
“Ele lá saberá”, reagiu o membro da Comissão Política do Comité Central do PCP João Dias Coelho, depois de ser questionado pelos jornalistas sobre a renúncia de Sérgio Figueiredo, durante uma conferência de imprensa na sede do partido, em Lisboa.
Na ótica do dirigente comunista, “trata-se de um desfecho natural face a uma decisão baseada em critérios discutíveis, pela forma e pelo conteúdo”.
Polémica
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Sérgio Figueiredo renunciou ao cargo de consultor do ministro das Finanças, Fernando Medina, decisão que comunicou através de um texto publicado hoje no Jornal de Negócios.
“Para mim chega! Sou a partir deste momento o ex-futuro consultor do ministro das Finanças. Sossego as almas mais sobressaltadas de que não cheguei a receber um cêntimo, sequer formalizei o contrato que desde a semana passada esperava pela minha assinatura”, pode ler-se num texto assinado pelo antigo diretor de informação da TVI.
O jornal "Público" noticiou em 9 de agosto que o Ministério das Finanças tinha contratado Sérgio Figueiredo, que também foi administrador da Fundação EDP, como consultor estratégico para fazer a avaliação e monitorização do impacto das políticas públicas, escolha que motivou críticas de partidos políticos e comentadores.
Num comunicado enviado às redações, Fernando Medina lamentou “não poder contar com o valioso contributo de Sérgio Figueiredo ao serviço do interesse público”, e disse compreender “muito bem as razões que a motivaram”.