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Portugal vai continuar a apoiar Moçambique no combate ao terrorismo, garante António Costa

01 set, 2022 - 22:45 • Lusa

A nível económico, o primeiro-ministro reafirmou o papel que as empresas portuguesas têm e poderão ainda ter como “parte ativa no processo de desenvolvimento” de Moçambique.

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O primeiro-ministro, António Costa, assegurou esta quinta-feira que Portugal vai continuar a apoiar Moçambique no combate ao terrorismo, e o Presidente da República moçambicano destacou a solidariedade e cooperação entre os dois países.

O chefe de Governo português está em Maputo numa visita oficial de dois dias, na qual participou na V Cimeira Luso-Moçambicana. O programa do primeiro dia de visita terminou com um jantar oferecido pelo presidente de Moçambique ao primeiro-ministro no Palácio da Ponta Vermelha, a residência oficial.

Na sua intervenção no início do banquete, o primeiro-ministro português afirmou que, “enquanto for necessário, Portugal continuará a apoiar as autoridades moçambicanas de forma concreta, numa abordagem que garanta a segurança do território moçambicano, a resposta humanitária àqueles que dela necessitam e o desenvolvimento das populações afetadas pelo conflito”.

“Estivemos do vosso lado desde um primeiro momento e é aí que queremos continuar a estar, lado a lado no combate ao terrorismo”, garantiu, saudando os esforços para a “estabilização da segurança”.

António Costa afirmou também que em cada cimeira bilateral, é possível “constatar que mais do que a história” uniu os dois países, “é a vontade do presente de seguir juntos no futuro que dá força a esta relação entre Portugal e Moçambique”.

A nível económico, o primeiro-ministro reafirmou o papel que as empresas portuguesas têm e poderão ainda ter como “parte ativa no processo de desenvolvimento” de Moçambique.

Na sua intervenção, o Presidente da República de Moçambique lamentou que o terrorismo já provocou “mais de duas mil mortes e mais de 860 mil deslocados”, tendo afetado também a economia local e nacional.

Falando no apoio internacional que o país tem recebido para fazer frente ao terrorismo, o presidente salientou a missão de União Europeia de treino aos militares moçambicanos, destacando o papel das forças armadas portuguesas.

Filipe Nyusi renovou o apelo à comunidade internacional “para continuar a apoiar Moçambique e as forças africanas amigas no combate visando a erradicação deste flagelo”, pedindo também apoio para a reconstrução de Cabo Delgado.

Quanto à cimeira, o Presidente da República assinalou o “reforço das relações de amizade, solidariedade e cooperação” entre os dois países, mostrando-se convicto de que as relações “continuarão firmes, fortes e a gerar benefícios mútuos”.

E brindou “à amizade, solidariedade e cooperação entre Moçambique e Portugal”.

Nyusi considerou que a visita do primeiro-ministro e a cimeira bilateral “reveste-se de uma importância especial, porquanto tem lugar num momento em que os novos desafios internos e globais exigem que reforcemos as parceiras globais e bilaterais para enfrentá-los com maior eficácia e eficiência”.

Falando da pandemia de Covid-19, o chefe de Estado agradeceu o apoio de Portugal, nomeadamente com a oferta de vacinas e máscaras.

A visita oficial de dois dias primeiro-ministro a Maputo a propósito da V Cimeira Luso-Moçambicana termina na sexta-feira. António Costa vai estar na Facim (Feira Internacional de Maputo), intervém na abertura do fórum de negócios, vai visitar os militares portugueses e encontra-se ainda com empresários e com a comunidade lusa em Moçambique.

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