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André Ventura

"Uma fraude política". Chega critica plano "vazio e tardio" do Governo contra a inflação

05 set, 2022 - 23:13 • Redação com Lusa

André Ventura considera que o plano de ajuda às famílias e pensionistas "é uma migalha" em comparação com o aumento do custo de vida.

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O presidente do Chega considera que o plano de apoio às famílias para mitigar os efeitos da inflação é "uma fraude", além de "vazio e tardio", e que as medidas anunciadas pelo Governo constituem "migalhas" face às necessidades dos portugueses.

Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, em Lisboa, esta segunda-feira, André Ventura considerou que o Governo apresentou "um plano vazio, tardio e que não tem nenhuma repercussão na vida real das pessoas".

"Este plano é uma fraude política, uma fraude financeira e uma fraude fiscal", acusou, considerando que o plano apresentado "não se traduzirá em quase nada no bolso dos portugueses e não vai certamente conter a inflação, que vai continuar a galopar".

O líder do Chega considerou, também, que o plano "é uma migalha" em comparação com o aumento do custo de vida, além de uma "fraude e uma ofensa às famílias".

"São migalhas face à fortuna que o Governo tem arrecadado com inflação e com o aumento do custo de vida", criticou.

André Ventura reconheceu que esperava que as medidas anunciadas pelo Governo "respondessem aos reais anseios da população".

"O total do pacote que o Governo anunciou tem o valor de quatro mil milhões de euros, só em IRS o Governo cobrou 12 mil milhões de euros com a inflação, só em IVA 11,5 milhões de euros", assinalou.

Ajuda às famílias "nem sequer paga o material escolar"


O primeiro-ministro, António Costa, apresentou, esta segunda-feira, as medidas excecionais de apoio às famílias para mitigar os efeitos da inflação, após uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros.

São oito as medidas detalhadas pelo primeiro-ministro, que ascendem a 2.400 milhões de euros em termos de impacto na despesa. Esse pacote de medidas inclui, entre outros, um pagamento extraordinário de 125 euros a cada cidadão não pensionista com rendimento até 2.700 euros brutos mensais e a atribuição de 50 euros a todas as famílias por cada descendente até aos 24 anos que tenham a seu cargo.

André Ventura apontou que, em altura de regresso às aulas, este valor "nem sequer paga o material escolar" e criticou que seja um pagamento único.

Quanto às pensões, afirmou que "o Governo não está a dar nenhum aumento", o que está a fazer é "antecipar um aumento que já estava previsto para o próximo ano".

"É uma fraude, verdadeiramente, porque se altera a forma de cálculo das pensões e se atribui um valor que já era para ser recebido no próximo ano. Não é um aumento, é uma antecipação que é apresentada como um aumento", defendeu, acusando o primeiro-ministro de "faltar à verdade".

O líder do Chega considerou também que o Governo não deu resposta no que toca aos combustíveis e ao gás, defendendo que esta "era a oportunidade" para descer o IVA dos combustíveis.

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