10 set, 2022 - 08:53 • Lusa
O Livre afirmou esta sexta-feira que o sucesso governativo do novo ministro da Saúde, Manuel Pizarro, está dependente dos recursos financeiros que tiver ao seu dispor para "recuperar" o Serviço Nacional de Saúde (SNS).
"Se o próximo ministro da Saúde não tiver os meios financeiros nem o respaldo político, entre o momento da sua tomada de posse e o da aprovação do próximo Orçamento do Estado, não será possível recuperar e preparar o SNS para o futuro e o seu mandato fracassará", alertou o partido representado no parlamento por Rui Tavares.
Em comunicado, o Livre salientou que as condições do sucesso de Manuel Pizarro como ministro, e da preservação do SNS como serviço público, "repousam assim na vontade política do primeiro-ministro e do ministro das finanças".
A nomeação de Manuel Pizarro para ministro da saúde ocorre "num momento crítico" para o SNS, sublinhou ainda o partido, ao considerar que a "lição a tirar da atual crise" é que "não se trata de um problema de pessoas, mas de políticas, de recursos e de apoio".
O Livre assegurou também que vai continuar a lutar "para defender o SNS agora e preparar o seu futuro", preconizando a implementação do programa Regressar Saúde, a transparência nos serviços de saúde no privado para que o SNS "não seja exposto a situações de concorrência desleal" e o "fim da suborçamentação" do serviço público de saúde.
O primeiro-ministro, António Costa, propôs hoje ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a nomeação do eurodeputado socialista Manuel Pizarro para o cargo de ministro da Saúde, em substituição de Marta Temido.
Manuel Pizarro, especialista em medicina interna, foi secretário de Estado da Saúde nos dois executivos socialistas liderados por José Sócrates, entre 2008 e 2011.
Depois de conhecida hoje a sua nomeação como novo ministro da Saúde do terceiro Governo liderado por António Costa, tomará posse do cargo no sábado, sucedendo a Marta Temido, que se demitiu em 30 de agosto.