21 set, 2022 - 13:16 • Lusa
O Governo assina na quinta-feira contratos relativos ao concurso para o financiamento de 257 autocarros elétricos e a hidrogénio para as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, anunciou o ministro do Ambiente e da Ação Climática.
Segundo Duarte Cordeiro, que está esta quarta-feira a ser ouvido na Comissão de Ambiente e Energia da Assembleia da República, os 257 novos autocarros, cujo financiamento corresponde a um apoio de 48 milhões de euros provenientes do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), juntam-se aos 893 previamente financiados através do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR).
“Em pouco mais de cinco anos, renovámos as frotas rodoviárias de transportes coletivos com mais de 1.100 autocarros de elevada 'performance' ambiental”, frisou o ministro, que tutela os transportes urbanos, lembrando que “estão em curso ou comprometidos 3,5 mil milhões de euros para a área da mobilidade”, sendo que para a expansão das redes correspondem 1,7 mil milhões de euros.
Duarte Cordeiro explicou ainda que “cerca de 1,2 mil milhões de euros foram comprometidos com os apoios tarifários – seja por via do PART [Programa de Apoio à Redução Tarifaria nos Transportes], desde 2019, seja por via dos apoios extraordinários às operações de transportes, durante a pandemia" de covid-19.
"Sem este grande esforço de financiamento, não teríamos assegurado a disponibilidade de transportes durante este período difícil e não teríamos baixado o preço dos passes mensais para 40 euros nas áreas metropolitanas”, sublinhou.
O ministro do Ambiente salientou também que vão ser alocados “mais 871 milhões de euros” a investimentos na mobilidade para assegurar os projetos previstos para as áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, com fundos inscritos no PT2030.
“Desde 2015 até ao final desta década consagraremos 4,3 mil milhões de euros para a mobilidade – quase 2% do PIB nacional. É um valor significativo que queria assinalar num dia em que se celebra a mobilidade, que para nós sempre significa – e significará – modo coletivo, elétrico e suave”, sublinhou.
Duarte Cordeiro reconheceu ainda que os transportes são responsáveis “por cerca de um quarto das emissões de gases com efeito de estufa e por 74% do consumo de petróleo no nosso país”, apontando que o Governo está “empenhado em continuar a mudança do paradigma da mobilidade”, de forma a Portugal atingir as metas ambientais nacionais e europeias.