03 out, 2022 - 17:22 • Lusa
O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, apelou esta segunda-feira para comportamentos de responsabilidade no uso de fogo e de máquinas após as colheitas, recordando o mês "dramático" de outubro de 2017 em que morreram 50 pessoas.
"Em 2017 o mês de outubro foi um mês bastante exigente, foi dramático e, por isso, não há como acautelarmos como devemos fazer, lembrando às pessoas os cuidados que há que ter com o uso de fogo e com o uso de máquinas, porque essa ainda continua a ser a principal causa dos incêndios florestais", declarou o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro.
À margem de uma visita ao posto de atendimento a cidadãos britânicos do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras do Porto, para obterem o novo cartão de residência pós-Brexit, José Luís Carneiro apelou para um maior cuidado em tempos de pós colheitas e trabalhos agrícolas e florestais.
"Sabemos bem que nesta altura do ano, depois das colheitas há sempre trabalhos agrícolas e florestais que são feitos e aquilo que nós devemos fazer é apelar para o comportamento de responsabilidade das cidadãs e dos cidadãos que tenham necessidade de realizar esses trabalhos, que o procurem fazer em segurança, articulando com os técnicos municipais de Proteção Civil e Defesa da Floresta contra incêndios, articulando com as corporações de bombeiros, fazendo o que têm de fazer com níveis elevados de segurança".
Questionado sobre se os dispositivos para combater os incêndios estão prontos para fazer face às elevadas temperaturas previstas, José Luís Carneiro disse que sim.
"A estrutura nacional de Proteção Civil adequa os meios humanos, materiais e técnicos aos diferentes pontos de necessidades e às diferentes necessidades em função das previsões meteorológicas que é um dos indicadores de pré-monitorização e de pré-mobilização de meios, a Proteção Civil tem os meio todos preposicionados em função das necessidades diagnosticadas".
Os incêndios de outubro de 2017 na região Centro de Portugal foram dos "maiores de sempre em Portugal", considerou a Comissão Técnica Independente no relatório de avaliação publicado em março de 2018.
O fogo provocou a morte a 50 pessoas, fez 70 feridos e destruiu total ou parcialmente cerca de milhar e meio de casas e mais de 500 empresas.