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OE 2023. "Não cometo o erro de dizer que conseguimos compensar tudo", diz Medina

21 out, 2022 - 16:29 • Tomás Anjinho Chagas , Diogo Camilo

Ministro das Finanças admite, no Parlamento, que, em alguns casos, a proposta do Orçamento do Estado para 2023 não vai compensar a subida da inflação. PSD considera que Orçamento "diz o que não faz e faz o que não diz".

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O ministro das Finanças, Fernando Medina, voltou esta sexta-feira a defender que a proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2023 reforça os rendimentos das famílias, mas desta vez admite que, em alguns casos, os aumentos não compensam a subida da inflação.

Durante a abertura do debate no Parlamento sobre a proposta do Governo, Fernando Medina sublinhou que as medidas “compensam o efeito da inflação”, defendendo ser impossível recuperar o poder de compra que existia no início do ano.

“Não cometo o erro de dizer que conseguimos compensar tudo a todas as pessoas. Mas isso não consegue Portugal, nem consegue nenhum país”, disse.

Sobre o assunto, o PSD descreveu o OE2023 como um “Orçamento faz de conta” e não um orçamento de “recuperação de rendimentos”, como o Governo lhe chamou.

“Esta é uma ‘fake news' que cumpre alertar e denunciar. É mais um orçamento que diz o que não faz e faz o que não diz. É um orçamento de faz de conta”, disse o deputado social-democrata Hugo Carneiro.

Em resposta, Fernando Medina elencou todas as medidas que o OE2023 contempla para reforçar o rendimento as famílias - apontando as várias alterações no IRS, o aumento do salário mínimo ou os acordos para aumentos salariais – e de apoio às empresas.
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