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Interconexões energéticas. Montenegro desafia Costa a ir ao Parlamento esclarecer questões "que ficaram por responder"

24 out, 2022 - 18:42 • André Rodrigues

O desafio já tinha sido feito durante o fim de semana por Paulo Rangel que teve, como resposta, um duro ataque do primeiro-ministro. Para o líder do PSD, o ataque de Costa ao seu vice-presidente “é sinónimo de que ele está pouco à vontade, até algo nervoso, porque não tem explicação cabal para dar ao país sobre as suas orientações”.

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O líder do PSD desafia o primeiro-ministro a debater o acordo alcançado com Espanha e França para a construção de um corredor verde.

Numa conferência de imprensa, onde reagiu ao ataque de António Costa a Paulo Rangel, Luís Montenegro disse esperar que o PS não inviabilize essa possibilidade, já na conferencia de líderes extraordinária que se realiza esta terça-feira.

Montenegro argumenta que a solução acordada com a Espanha e a França apenas garante a construção de um corredor verde e uma ligação elétrica no Golfo da Biscaia, mas nada diz sobre o cumprimento das interligações elétricas através dos Pirenéus, “e o primeiro-ministro furtou-se a responder isto”.

Nesse sentido, o líder do PSD deixa o desafio para que Costa “vá ao Parlamento e não queremos acreditar que amanhã [terça-feira] o PS e a maioria absoluta vão inviabilizar esse debate”.

Costa dá sinais de estar “algo nervoso”

Durante o fim de semana, Paulo Rangel, teceu duras críticas ao acordo para o gasoduto ibérico e teve como uma resposta um duro ataque de António Costa.

Confrontado com as afirmações do vice-presidente do PSD, o chefe do Governo referiu-se a Rangel como alguém que “não sabe nada sobre energia” e que “ignora totalmente tudo o que tenha a ver com este acordo e, ao longo dos anos, caso se for rever o que já disse sobre tudo e mais alguma coisa, verificar-se-á que a taxa de reprovação de Paulo Rangel é muito elevada".

Perante estas afirmações do primeiro-ministro, o líder do PSD criticou a forma como Costa se defendeu das críticas, “atacando violentamente o exercício do direito de oposição do PSD”.

Para Luís Montenegro, esta postura de António Costa “é sinónimo de que ele está pouco à vontade, até algo nervoso, porque não tem explicação cabal para dar ao país sobre as suas orientações”.

O presidente do PSD insistiu, também, que não assinaria o acordo sobre interconexões energéticas “nos termos em que foi anunciado”.

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