05 nov, 2022 - 13:23 • Redação com Lusa
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Marcelo Rebelo de Sousa volta a insistir na aplicação dos fundos europeus. Esta manhã, durante uma cerimónia no concelho da Trofa, o Presidente da República pressionou diretamente a ministra da Coesão Territorial para que as verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) sejam bem aplicadas.
Na Trofa, no dia em que foram inaugurados os Paços do Concelho de um Município criado há 24 anos, o chefe de Estado começou o discurso dirigindo-se a Ana Abrunhosa a quem, disse, queria dizer "duas coisas".
"Verdadeiramente super infeliz para si será o dia em que eu descubra que a taxa de execução dos fundos europeus não é aquela que deve ser. Nesse caso, eu não lhe perdoo e há milhares de testemunhas daquilo que estou a dizer hoje. Espero que esse dia nunce chegue, mas estarei atento para o caso de chegar."
"E como não tenho tido oportunidade de o dizer digo-lhe hoje. Quando aceitamos funções políticas sabemos que é para o bom e para o mal. Não somos obrigados a aceitar. Sabemos que são difíceis, são árduas, que estão sujeitas a um controlo e a um escrutínio crescente - a democracia é isso - e há dias bons e dias maus, dias felizes e dias infelizes. A proporção é dois dias felizes por 10 dias infelizes", referiu.
Fundos europeus
Já esta tarde, Ana Abrunhosa lembrou que estava ao(...)
Com a inauguração de um novo edifício, o Município da Trofa deixa hoje de ser o único a não ter Paços do Concelho.
Estas novas declarações sobre o tema são feitas um dia depois de avisar que, perante o atual cenário de crise, ser urgente aplicar o Plano de Recuperação e Resiliência.
"Temos de tirar o máximo proveito possível daquilo que são fatores que são conjunturalmente, apesar de tudo, favoráveis. Um favor favorável é a disponibilidade de fundos que, pensados para compensar parcialmente a pandemia, estão disponíveis num período de guerra", disse num discursou que assinalou o 50.º aniversário do grupo Solverde, na sexta-feira.
"O que torna urgente a utilização desses fundos em tempo. E, naturalmente, imperdoável se o tempo passar e não houver essa utilização em tempo."
Destacando que o termo da guerra é “imprevisível”, tanto na sua duração, como na “balança de poderes”, Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que o país pode beneficiar de outro fator, nomeadamente, o de “ser visto como um destino seguro”.