08 nov, 2022 - 15:11 • João Carlos Malta
O CDS avançou recentemente com o despedimento de sete trabalhadores do partido, na sequência das dificuldades financeiras que os centristas atravessam depois de terem perdido nas últimas eleições legislativas a representação parlamentar.
Ao que a Renascença apurou, deste grupo de trabalhadores, cinco aceitaram os termos da desvinculação, mas os outros dois vão avançar com ações judiciais.
A redução das subvenções do Estado deixaram o partido liderado por Nuno Melo numa situação financeira muito difícil.
Um desses trabalhadores, em declarações ao ECO, contou o porquê de não aceitar os termos do despedimento.
Segundo o mesmo jornal, António Miguel Lopes, um dos visados, queixa-se de que “tinha apenas uma ocupação efetiva do posto de trabalho” ou seja “não tinha funções atribuídas”.
António garante que não põe em causa a necessidade do partido em avançar com o despedimento coletivo, contudo, lamenta os “contornos pouco simpáticos e humanistas”.
"Não quero obviamente prejudicar o partido, mas obviamente que têm que me pagar o que está na lei. O despedimento é ilícito. No meu caso nem sequer me pagaram qualquer compensação, simplesmente disseram que estava despedido”, afirmou ao ECO.
Por fim, no mesmo jornal está descrito que em 2020, a outra funcionária que agira não chegou a acordo, Alexandra Uva, tinha avançado com um processo em tribunal contra o CDS-PP pela extinção do seu posto de trabalho.
A trabalhadora ganhou o processo e voltou a ser reintegrada. Também nessa altura, António Miguel Lopes foi um dos visados no despedimento coletivo, mas o partido acabou por não dar continuidade ao despedimento deste funcionário.