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Revisão constitucional. PSD quer portugueses a votar aos 16 anos

10 nov, 2022 - 18:00 • Manuela Pires , Pedro Mesquita

A proposta está inscrita no projeto de revisão constitucional do PSD, que vai ser apresentado ao Conselho Nacional, esta quinta-feira à noite.

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O PSD quer reduzir a idade legal mínima para votar para os 16 anos. No projeto de revisão constitucional que o partido apresenta amanhã na assembleia da república vai constar esta ideia.

Segundo fonte da direção do partido avançou à Renascença, a proposta foi feita por Luis Montenegro na reunião da comissão permanente do PSD, tendo sido aprovada e é uma das ideias que vai constar do projeto que vai ser apresentado esta noite no Conselho Nacional do partido.

Na quarta-feira, António Leitão Amaro, o vice-presidente do PSD, à saída da reunião com os deputados garantiu que o partido vai apresentar um diploma que “não é cirúrgico, é realista, diferenciador e com marca reformista”.

O PSD aposta “no reforço e na modernização dos direitos fundamentais, no reforço da autonomia regional e da coesão territorial e quer fazer “afinamentos à organização política e a alguns elementos da organização do estado” revelou o vice-presidente do PSD.

A Áustria foi o primeiro país europeu a dar a oportunidade de voto a jovens de 16 anos, a que se juntou Malta e Estónia.

Ainda no ano passado os jovens que participaram na conferência, coorganizada pelo Instituto Português do Desporto e da Juventude e pelo Conselho Nacional de Juventude, e inserida na presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, defenderam o direito de voto aos 16 anos.

Os jovens consideraram a antecipação do voto para os 16 anos "um objetivo realista" para as próximas eleições europeias, em 2024.

"Jovens estão muito distanciados da política"

Na leitura da psicóloga Cristina Sá Carvalho os jovens "estão muito distanciados da representação politica", independentemente de perceber se já têm ou não, suficiente maturidade para votar.

"Temos um pouco a perceção que a consciência social e política dos jovens é relativamente limitada", considera.

Questionada se esta medida podia acabar por aumentar mais a abstenção, Cristina Sá Carvalho admite que "se podia ver essa tendência".

[Artigo atualizado às 19h30]

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