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Governo admite soluções temporárias para resolver problemas nas urgências

23 nov, 2022 - 11:17 • Tomás Anjinho Chagas , Olímpia Mairos

Como soluções a longo prazo são apontadas as unidades de saúde famíliar.

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O Governo admite soluções transitórias e temporárias para aliviar os tempos de espera nas urgências dos hospitais públicos.

Questionado esta manhã no Parlamento, o secretário de Estado da Saúde apontou para as unidades de saúde familiar como soluções a longo prazo. Já no curto prazo, Ricardo Mestre admitiu respostas imediatas embora não tenha explicado quais.

“Continuaremos a criar Unidades de Saúde Familiar modelo A, Unidades de Saúde Familiar modelo B, e é por isso que, estamos a investir naquilo que é a especialização e formação dos novos médicos”, disse.

O governante acrescentou ainda que vão “continuar a encontrar soluções locais, transitórias, pontuais, dedicadas àquilo que é a resolução de problemas concretos que ainda existem no nosso país”.

O secretário de Estado da Saúde falava na Assembleia da República onde está a ser discutido o Orçamento do Estado.

Os tempos de espera para doentes urgentes atingiram esta terça-feira uma média de 14 horas no serviço de urgência do Hospital Santa Maria, em Lisboa. No Amadora-Sintra foi ultrapassada “em larga medida” a capacidade de internamento nas urgências.

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) pediu, esta terça-feira, um plano ao Governo com medidas para fazer face aos problemas nas urgências.

“Este cenário de grande afluência não é nada que seja de admirar. O que é de admirar é que, sabendo isso, e que há cerca de 1.5 milhões de portugueses sem médicos de família, o Governo ainda não tenha tomado medidas”, disse, à Renascença, Jorge Roque da Cunha.

O sindicalista deixou o aviso que muitas pessoas que recorrem ao serviço das urgências “em situações já de grande gravidade”.

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