23 nov, 2022 - 15:22 • Tomás Anjinho Chagas , Rosário Silva
O Partido Social Democrata (PSD) acusou esta quarta-feira o Chega de estar a lançar “lama” em torno da discussão que envolve o primeiro-ministro e a sua alegada interferência nos casos BIC e Banif.
Os social-democratas anunciaram na terça-feira que não vão avançar, para já, com uma comissão de inquérito à banca, depois das declarações do antigo governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, no livro do jornalista Luís Rosa, “O Governador”.
André Ventura acusa o PSD de "manobra dilatória", em vez de avançar já para um inquérito parlamentar, tal como o Chega propõe, para avaliar “a eventual interferência política do primeiro-ministro sobre o antigo governador do Banco de Portugal” no BIC e se a resolução do Banif foi objeto de “interferência abusiva do Governo”.
Ventura acredita que o momento para investigar “é (...)
Na resposta, o líder parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, diz que André Ventura está apenas a criar ruido, prejudicando o que verdadeiramente interessa.
“O Chega tem essa prática de procurar lançar lama sobre a discussão. Nós não vamos atrás de polémicas, nós vamos atrás dos factos e daquilo que importa aos portugueses”, disse Miranda Sarmento aos jornalistas.
Esta quarta-feira, o grupo parlamentar do PSD dirigiu 12 perguntas ao primeiro-ministro, António Costa, para esclarecer declarações do ex-governador do Banco de Portugal Carlos Costa, quer sobre a resolução do Banif, quer sobre o afastamento da empresária Isabel dos Santos do BIC.
“Neste momento, aquilo que se impõe é um conjunto de questões que colocamos ao senhor primeiro-ministro e esperamos que sejam respondidas. Em função das respostas tomaremos decisões sobre o continuar deste processo”, rematou, Joaquim Miranda Sarmento.