02 dez, 2022 - 11:56 • Manuela Pires , Cristina Nascimento
Com críticas de todos os partidos, o Chega apresentou a sexta proposta de comissão parlamentar de inquérito, desta vez para avaliar a gestão da pandemia.
O líder do partido, André Ventura, justificou a iniciativa com o exemplo europeu.
“As aquisições em matéria de bens e serviços, em matéria de vacinas levaram já as instituições europeias e a Procuradoria-Geral Europeia a lançar uma grande investigação sobre esta matéria”, disse Ventura, acrescentando, em particular, que “a Procuradoria-Geral Europeia está a investigar criminalmente a aquisição de vacinas no espaço europeu, incluindo em Portugal”.
“Cabe-nos a nós fazer parte desse trabalho”, sublinhou Ventura.
Apesar dos argumentos, a comissão de inquérito tem chumbo garantido, anunciou o deputado socialista André Batista, considerando que a comissão “apenas contribuirá para minar a credibilidade das instituições parlamentares”.
O PSD absteve-se. Já a Iniciativa Liberal, João Cotrim Figueiredo diz que, apesar de “serem contra esta banalização das comissões de inquérito”, estão a favor desta em particular.
“É, de facto, fundamental avaliar e tornar público se a gestão do governo durante a pandemia foi tão fantástica como a propaganda do PS nos quer fazer crer”, disse o ainda líder do partido.
Na mesma linha, o Bloco de Esquerda também viabiliza a comissão, mas o líder parlamentar Pedro Filipe Soares não poupa nas críticas ao partido de André Ventura.
“Nós lembramo-nos dos almocinhos e dos jantares do partido Chega, sem máscara, sem distanciamento social, uma verdadeira festa Covid política do partido Chega. E é agora o mesmo partido que quer perguntar como é que foi a gestão Covid. Da parte do Chega, nós percebemos como é que foi, era para tudo e para todos, Covid a dar para todo o lado”, rematou.
[atualizado às 13h57, com correção sobre a postura do PSD, que se absteve e não votou contra como inicialmente noticiado]
Relatório
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