31 jan, 2022 - 00:49 • João Carlos Malta
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António Costa entrou na sala em que fez o discurso de vitória de braço dado com a mulher, Fernanda Tadeu, e visivelmente emocionado. Não era para menos, o líder do PS vinha anunciar a vitória histórica que alcançou, mas quis sossegar os portugueses em relação aos perigos da maioria absoluta.
“Uma maioria absoluta não é poder absoluto, não é governar sozinho”, sublinhou Costa.
Isto antes de dizer o número mágico para os socialistas, o de que o PS “terá eleito entre 117 e 118 deputados”.
“Os portugueses confirmaram de forma inequívoco o que já tinham feito há dois anos, desejam um governo do PS para os próximos quatro anos”, avanço.
O secretário-geral socialista disse mesmo que um dos objetivos dos próximos quatro anos é o de reconciliar os portugueses “com a ideia das maiorias absolutas e de que a estabilidade é boa e não má para a democracia”.
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Costa disse mesmo que estará empenhado em continuar a dialogar com todas as forças políticas em Portugal. Todas menos uma, o Chega. O líder do PS anunciou reuniões com todos os partidos depois do Presidente da República indigitar o próximo primeiro-ministro.
“Há um partido com o qual não vale a pena perder tempo”, sentenciou.
No entanto, Costa esforçou-se por enfatizar que “será uma maioria de diálogo”. “Em democracia ninguém governa sozinho”, reforçou.
António Costa garantiu que o PS não vai pisar o risco e que a garantia de que isso não sucederá é ele próprio. “Tenho bem consciência de que esta maioria só foi possível porque se juntaram aos socialistas milhares de portugueses das mais diversas áreas políticas”, reforçou.
Quanto à relação com Marcelo Rebelo de Sousa, Costa referiu que “nunca houve um momento tão duradouro em que o relacionamento entre a Assembleia da República, o Governo e o Presidente da República.
Em relação ao facto de a maioria surgir depois de António Costa deixar de a pedir, o líder do PS diz que ela “nasceu da vontade dos portugueses”.
Para o futuro primeiro-ministro “os portugueses mostraram um cartão vermelho a qualquer crise política”. “ Mostraram o seu desejo de terem estabilidade, certeza e segurança”, resumiu.
E deixou uma certeza. “Os portugueses definiram o programa do PS como o programa do governo”.
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