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Urgências hospitalares. PSD acusa Governo de “falta de planeamento e má gestão”

21 dez, 2022 - 16:42 • Manuela Pires , Rosário Silva

Esta quarta-feira, o ministro da Saúde não quis dar detalhes sobre o plano para os serviços de urgência dos hospitais, remetendo para quinta-feira essas explicações por parte da direção executiva do Serviço Nacional de Saúde.

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Faltam três dias para o Natal e o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, ainda não deu a conhecer o plano para os serviços de urgência nos hospitais.

A denuncia parte do PSD, com o deputado Ricardo Batista Leite a falar em desorganização e a criticar a possibilidade de o plano prever o encerramento alternado de alguns serviços de urgências.

“O ministro, o Governo, disse que tinha todos os meios necessários. Chegamos ao Natal e dizem-nos que, afinal, têm de fechar alternadamente os serviços de urgência”, refere o deputado.

Batista Leite considera que a situação revela “falta de planeamento, má gestão e uma enorme irresponsabilidade”.

O PSD espera que “entre hoje e amanhã” seja apresentado esse plano que aguarda “com serenidade”, enquanto apela ao Governo para que “tenha consciência” de que “está a falar para os doentes portugueses”, devendo por isso, “colocar os cidadãos no centro daquilo que é a sua ação e garantam uma resposta de proximidade”, com recurso a “todos os meios que estão no terreno”.

Em declarações aos jornalistas no Parlamento, o vice-presidente da bancada do PSD foi questionado sobre algumas das medidas já conhecidas, mas recusou-se a comentá-las antes de serem efetivamente anunciadas.

“O PSD não quer comentar medidas hipotéticas. Lamentamos que estejamos a três dias da véspera do Natal e o ministro seja incapaz de dizer o que é que podemos esperar nos hospitais”, lamentou.

O deputado social-democrata diz que vai “aguardar o plano”, e chama a atenção para o facto de ser “importante que não seja um plano só no papel”, mas que existam “profissionais de saúde capazes trabalhar no terreno”.

Ricardo Batista Leite pede ainda “recursos, mobilização e clareza nas informações que são dadas, quer as administrações, quer aos profissionais de saúde e, mais importante, aos utentes do Serviço nacional de Saúde, para saberem onde podem recorrer em caso de doença”.

Esta quarta-feira, o ministro Manuel Pizarro, disse não querer adiantar mais pormenores sobre o plano, remetendo para quinta-feira uma explicação mais aprofundada a ser dada pela direção executiva do Serviço Nacional de Saúde.

O governante assegurou que o objetivo é, em alguns casos, agregar serviços de forma a garantir que as pessoas saibam onde procurar cuidados.

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