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Crise no Governo

César destaca "excecional legitimidade" de Costa e elogia Pedro Nuno Santos: "Fará falta no Governo"

30 dez, 2022 - 15:43 • Susana Madureira Martins , Joana Azevedo Viana

Presidente do Partido Socialista (PS) critica ainda quem, face às demissões no Governo, exige a dissolução do Parlamento.

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O presidente do Partido Socialista (PS) defendeu esta sexta-feira a "excecional legitimidade" de António Costa, na sequência das demissões no seu Governo por causa da indemnização de 500 mil euros paga pela TAP a Alexandra Reis, agora ex-secretária de Estado do Tesouro.

Numa publicação no Facebook, Carlos César diz que, "no que toca ao ocorrido com Santana Lopes, é bom lembrar que era um primeiro-ministro por procuração de Durão Barroso", situação muito diferente da do atual primeiro-ministro, isto no contexto de "comentadores séniores que povoam o nosso dia a dia nas televisões".

"Parece que ninguém lembra a evidência contrária e distintiva destes últimos acontecimentos, envolvendo escolhas no Governo que não se comparam com outras situações graves", refere aquele que é um dos conselheiros mais próximos do primeiro-ministro.

"António Costa é um líder do Governo por eleição" e, tal "como Marcelo Rebelo de Sousa fez questão de salientar na posse do Governo", refere ainda Carlos César, é "alguém com excecional legitimidade e votação".

No mesmo post, Carlos César diz que Pedro Nuno Santos abandonou o cargo de ministro das Infraestruturas "com grande sobriedade e sentido de responsabilidade", destacando que "demonstrou no Governo outra qualidade, para além da sua indiscutível competência, a solidariedade constante para com os seus colegas".

Também destaca o quanto gosta do ministro demissionário, referindo que o conhece "muito bem" e que "fará falta no Governo".

O responsável socialista diz ainda que tem estado a seguir, a partir da Irlanda, "as historietas de alguns comentadores e políticos, desde o inefável Batalha ao estridente Ventura, que gostariam de uma dissolução da Assembleia para ter mais caos ao seu jeito", em mensagens dirigidas aos líderes da Iniciativa Liberal, que anunciou uma moção de censura ao executivo, e do Chega.

"São uma prova do papel dessa gente, que só ouvimos porque a democracia é assim mesmo", refere César, concluindo a publicação dizendo: "Vamos adiante.. logo que o Presidente regresse do Brasil, para a posse dos membros que estão agor em falta no Governo. Juntos conseguimos!"

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